Os «poucos» cuidados para «evitar a propagação de doenças graves como a tuberculose ou a infeção HIV» preocupam Rui Teixeira, um jovem médico a realizar voluntariado em Moçambique
Os «poucos» cuidados para «evitar a propagação de doenças graves como a tuberculose ou a infeção HIV» preocupam Rui Teixeira, um jovem médico a realizar voluntariado em Moçambiqueas várias dificuldades da população moçambicana estão a surpreender Rui Teixeira, um jovem médico voluntário português, que chegou este mês àquele país africano em missão de voluntariado. O que mais me surpreendeu foi o facto de se viver com tantas dificuldades. Muitas comunidades vivem relativamente isoladas e percorrem quilómetros a pé para trabalhar ou para estudar. É surpreendente a quantidade de crianças que se encontram sozinhas a percorrer longas distâncias, contou. Para o profissional de 26 anos, as maiores dificuldades destas populações são a falta de preparação para a gestão dos recursos. ainda que se consigam erguer estruturas, investe-se pouco na manutenção e na higiene, explicou o voluntário à Fátima Missionária, dando o exemplo do setor da saúde, no qual são poucos os cuidados para evitar a propagação de doenças graves como a tuberculose ou a infeção HIV. Durante sete meses, o missionário que partiu para Moçambique através da adGentes – associação dos Leigos Missionários da Consolata, vai dar apoio na área da saúde, educação e pastoral. atualmente, tem estado a dar aulas de apoio ao nível do secundário, sobretudo na área das ciências.com as crianças mais novas, Rui Teixeira está a trabalhar a leitura e a escrita, bem como alguns conhecimentos humanísticos e geográficos fundamentais. Já a nível da saúde, Rui Teixeira colabora no hospital provincial e no centro de saúde local. [Espaços] que têm, como seria de esperar, recursos muito mais limitados do que aqueles a que estou habituado como médico, explicou. Já na área pastoral, o missionário está integrado numa equipa missionária local, através da qual está envolvido na catequese e na formação de jovens para o Crisma. Em Moçambique, a receção de Rui Teixeira foi boa, mas a adaptação não tem sido fácil, porque a realidade é bastante diferente. À mudança horária, acresce que aqui todo o dia é vivido mais cedo do que na Europa, tudo começa e termina mais cedo, pelo que quem chega da Europa tem de se adaptar. Por outro lado, o clima condiciona também esta adaptação. Leva algum tempo até entrar no ritmo, explicou.