Protocolo com a União das Misericórdias Portuguesas prevê um investimento de 3,6 milhões de euros, nos próximos dois anos, para formação de técnicos das instituições sociais que lidam com pessoas com demências
Protocolo com a União das Misericórdias Portuguesas prevê um investimento de 3,6 milhões de euros, nos próximos dois anos, para formação de técnicos das instituições sociais que lidam com pessoas com demências Um projeto-piloto, desenvolvido a partir da Unidade de Cuidados Continuados Integrados Bento XVI, em Fátima, vai assegurar a formação de 320 monitores na área da demência, nos próximos dois anos. a ação, apresentada esta segunda-feira, 17 de fevereiro, vai custar 3,6 milhões de euros e tem como objetivo preparar os técnicos para alargar o conhecimento na prevenção e tratamento de doenças do foro psiquiátrico a todo o país. Em Portugal estima-se que cerca de 180 mil pessoas possam ter já alguma espécie de demência, muitas delas alzheimer. O que nós queremos fazer é dar formação específica aos técnicos das instituições sociais, quer os que estão diretamente nas instituições, quer os que fazem acompanhamento domiciliário, para conseguirmos fazer uma prevenção e um diagnóstico mais atempado dos problemas e termos a capacidade de intervenção junto desses idosos, dando-lhes mais qualidade de vida, explicou o ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares, na cerimónia de assinatura de um protocolo entre o governo e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP). O projeto, denominado VIDaS – Valorização e Inovação em Demências, conta com a parceria da associação alzheimer de Portugal e a Direção-Geral da Saúde. além da componente de formação, prevê também a realização de levantamento nacional da população com demência, estudo que deverá ficar concluído em 2015. É importante fazer um levantamento mais exato [das demências], porque temos a noção que será um problema de futuro, crescente, e é fundamental conseguirmos gerir e disseminar as melhores práticas, adiantou o ministro. Para o presidente da UMP, Manuel Lemos, o acordo assinado hoje é um passo importante para ajudar as pessoas que têm este problema de saúde, mas também para ajudar as suas famílias e melhorar o país. Portugal é um país de muitas quintinhas, onde se evita partilhar o conhecimento. Se há algum mérito nesta crise, é obrigar-nos a trabalhar em rede e estes passos que aqui damos são fundamentais, sublinhou.