«Senhor, dai-nos o amor nosso de cada dia». Foi a sugestão para a oração dos noivos dada pelo Papa Francisco na audiência especial concedida na sexta-feira passada ” dia de São Valentim – na Praça de São Pedro
«Senhor, dai-nos o amor nosso de cada dia». Foi a sugestão para a oração dos noivos dada pelo Papa Francisco na audiência especial concedida na sexta-feira passada ” dia de São Valentim – na Praça de São Pedro

O encontro de noivos provenientes de mais de 30 países, que teve lugar a 14 de Fevereiro na Praça de São Pedro, foi inserido no encontro a alegria do Sim para sempre, promovido peloPontifício Conselho para a Família. Durante o encontro o Papa respondeu a algumas perguntas que três casais lhe fizeram acerca do valor do matrimónio e traçou um quadro da sociedade contemporânea: Muitas pessoas têm medo de fazer escolhas definitivas, para a vida inteira; parece impossível. E acrescentou: Hoje tudo muda rapidamente, nada dura muito tempo. O Papa foi mais explícito quando referiu que o amor é uma relação que se constrói como uma casa. E a casa se constrói juntos, não sozinhos.

a construção da casa não pode ser feita sobre a areia dos sentimentos que vão e que vêm, mas sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus. a família nasce deste projeto de amor que quer crescer como se constrói uma casa que seja lugar de afeto, de ajuda, de esperança, de apoio. Mas todos juntos: afeto, auxílio, esperança, apoio! Como o amor de Deus é estável e para sempre, assim também queremos que seja estável e para sempre o amor que funda a família. Por favor, não nos deixemos vencer pela ‘cultura do provisório’! Essa cultura que hoje nos invade a todos, essa cultura do provisório. Isso não é bom!. Um matrimónio não obtém bom êxito somente se dura, mas é importante a sua qualidade. O desafio dos esposos cristãos é estar juntos e saber amar-se para sempre.

Francisco lembrou que na família a cortesia, as coisas simples, são importantes: Com licença, obrigado, desculpe-me são palavras que definem gentileza, humildade, cordialidade e que devem fazer parte do dia a dia de cada casal. Pedir licença significa saber entrar com cortesia na vida dos outros. Mas ouçam o seguinte: saber entrar com cortesia na vida dos outros não é fácil! Não é fácil! ao invés, por vezes, se usam maneiras de certo modo pesadas, com botas de montanha! O amor verdadeiro não se impõe com dureza e agressividade, disse o Papa, para depois acrescentar em nossas famílias, em nosso mundo, muitas vezes violento e arrogante, é preciso muita cortesia.

Na relação de vocês, e amanhã na vida matrimonial, é importante manter a consciência clara de que a outra pessoa é um dom de Deus e aos dons de Deus se diz: ‘Obrigado!’. E com essa atitude interior dizer obrigado reciprocamente, para todas as coisas, lembrou Francisco. O Papa disse ainda que na vida cometemos erros, muitos erros, mas que devemos aprendera reconhecer nossos erros e a pedir desculpas; nunca terminar o dia sem fazer as pazes.

Todos sabemos que não existe a família perfeita, e nem mesmo o marido perfeito, ou a mulher perfeita. Nem falemos da sogra perfeita! Existimos nós, pecadores. Jesus, que nos conhece bem, nos ensina um segredo: jamais terminar o dia sem pedir perdão, sem que a paz volte a nossa casa, a nossa família, acrescentou o Pontífice.

O casamento, segundo a reflexão de Francisco, deve ser uma verdadeira festa, uma festa cristã, não uma festa mundana. O que torna o matrimónio pleno e profundamente verdadeiro é a presença do Senhor que se revela e dá a sua graça. Ele é o segredo da alegria plena, daquela alegria que verdadeiramente aquece o coração. alguns estão mais preocupados com os sinais exteriores, com o banquete, as fotografias, as roupas e a flores… São coisas importantes numa festa, mas somente se forem capazes de indicar o verdadeiro motivo da alegria de vocês: a bênção do Senhor sobre o amor de vocês.

a finalizar afirmou que é preciso crescerem juntos. E os filhos terão essa herança de ter tido um pai e uma mãe que cresceram juntos, fazendo-se – um ao outro – mais homem e mais mulher!. Mais que uma catequese, são palavras que devem abrir o coração dos casais, cristãos ou não, pois a família é a charneira da vida, presente e futura.