ainda me lembro como se fosse hoje do meu primeiro acampamento de escuteiros, e já foi quase a 20 anos! Ser escuteira sem dúvida que mudou a minha maneira de olhar o mundo e de viver nele
ainda me lembro como se fosse hoje do meu primeiro acampamento de escuteiros, e já foi quase a 20 anos! Ser escuteira sem dúvida que mudou a minha maneira de olhar o mundo e de viver neleEntrei na grande aventura que é o escutismo quando tinha 12 anos, quase 13. Entrei quando o meu agrupamento começou, e que agora é o 1210 Carnide-Leiria. Foram tempos de alegrias e muita aprendizagem, que me tornou e moldou na mulher que sou hoje. Fiz todo o meu caminho desde exploradora até caminheira e, devo dizer que foi com orgulho e o peito cheio, que fiz a promessa de dirigente. Ser dirigente é aprender todos os dias, é ser feliz quando se vê um sorriso rasgado na cara dos nossos escuteiros.comecei por ser dirigente no clã e foi um tempo de crescimento para mim e para os caminheiros que constituíam o meu grupo. Depois, por motivos profissionais, estive ausente um ano e meio, mas sem nunca deixar de estar a par das atividades e mesmo de propor vivências e métodos de construção. Foi a primeira vez que estive tão longe de casa e num mundo tão diferente (Nova Iorque). Voltei a ser exploradora, no tempo que estive naquela cidade! Mas também fui caminheira, desprendida do que mais nos faz falta; a família mais próxima e os amigos. Quando voltei para o meu agrupamento, foi-me proposta a aventura de ser aquelá. aceitei, mas pensei para mim mesma: No que te foste meter ana Sofia! Mas, hoje, a escrever estas palavras, confesso que me humedeceram os olhos. Estou novamente a muitos quilómetros de casa. Os lobitos – os meus lobitos – mostraram-me a felicidade genuína das pequenas coisas. a felicidade inocente de aprender uma coisa nova, de conquistar mais uma etapa, de conseguir fazer um jogo. Sem dúvida que os dois anos em que fui aquelá foram uma das maiores e mais agradáveis surpresas que o escutismo ainda tinha para me oferecer. Cresci com eles e acho que hoje consigo olhar muitas coisas com olhos de lobito, porque eles me ensinaram como. agora, longe, penso, tantas vezes, quando estou a fazer um percurso pedestre (aqui, nos Estados Unidos, há uma imensidão deles, com vistas arrebatadoras) nas atividades que vivi, nas conversas, nos olhares cúmplices, nas gargalhadas, e tenho saudades de tudo. Mas, o ser escuteira também me ensinou a ser perseverante, apesar da decisão que tomei em vir para cá ter sido uma das mais difíceis que tomei até hoje. Sei que o ser escuteira me impulsionou a viver de forma diferente e enriquecedora esta distância e este novo mundo de conquistas e também de falhanços. Ser escuteira fez-me crescer e deixou uma marca para sempre, mesmo que não volte ao ativo, vou ser sempre escuteira!*Dirigente do agrupamento 1210 Carnide-Leiria