a Igreja precisa de «ter um coração sensível» para responder às perguntas que as pessoas «fazem ou desejariam fazer», afirma antónio Vitalino, bispo de Beja
a Igreja precisa de «ter um coração sensível» para responder às perguntas que as pessoas «fazem ou desejariam fazer», afirma antónio Vitalino, bispo de Beja

Recordando que os católicos cada vez menos frequentam com regularidade os atos da Igreja, segundo uma sondagem feita pela Universidade Católica, antónio Vitalino, bispo de Beja, refere, na sua última nota pastoral, que tal significa que não se pode reduzir a atividade da instituição a atos dentro dos espaços reservados ao culto.

Por isso, o prelado recorda as palavras do Papa Francisco, nas quais o Santo Padre pede uma Igreja em saída missionária, que vai às periferias urbanas e existenciais, ao encontro das pessoas, sobretudo dos pobres, dos doentes, dos jovens e dos idosos.

Para o bispo de Beja, a Igreja precisa de ter um coração sensível e compassivo, para escutar bem as alegrias, dúvidas, angústias e tristezas da população, mas também para dar resposta às perguntas que as pessoas fazem ou desejariam fazer.

No mesmo documento, divulgado esta semana, o prelado diz ser necessário reaprender a ser discípulo missionário, acompanhando com alegria e gratuidade os desanimados, escutando com paciência as suas histórias e as causas dos seus desânimos, iluminando-os com a luz da fé, onde tudo se partilha gratuitamente e se alimenta a esperança.

Na Igreja precisamos de reaprender a escutar, comunicar, dialogar, partilhar, perdoar, reconciliar pessoas e ambientes, construir e reconstruir. abrir a mente e o coração, para acolher e criar proximidade com Jesus, na sua mensagem e na pessoa dos que sofrem, dar-nos-á novamente a alegria de viver e agir na Igreja e no mundo, destaca.