Os problemas enfrentados no trabalho e o «medo de perder o emprego» fazem com que «muitos trabalhadores não se comprometam na organização sindical, nem em outras ações de cidadania», afirmam os movimentos de trabalhadores cristãos de Portugal e Espanha
Os problemas enfrentados no trabalho e o «medo de perder o emprego» fazem com que «muitos trabalhadores não se comprometam na organização sindical, nem em outras ações de cidadania», afirmam os movimentos de trabalhadores cristãos de Portugal e Espanha a situação do mundo do trabalho e da Igreja em Portugal e em Espanha esteve em análise na capital de portuguesa, de 3 a 5 de fevereiro. O debate foi realizado pela equipa executiva nacional da Liga Operária Católica – Movimento de Trabalhadores Cristãos, e pela comissão permanente da Hermandad Obrera de acción Católica de Espanha.

Durante o encontro, as duas entidades falaram sobre os salários injustos, muitas vezes de miséria, que estão a levar muitos trabalhadores para situações de pobreza, apesar de terem trabalho, o que os obriga a renunciar a níveis de vida minimamente dignos.

as dificuldades que enfrentam e o medo de perder o emprego, mesmo que precário, fazem com que muitos trabalhadores não se comprometam na organização sindical, nem em outras ações de cidadania, apontam os responsáveis, em comunicado.

Para os membros dos dois movimentos, as reformas laborais têm desencadeado a destruição do emprego, a instabilidade laboral e o retrocesso na negociação coletiva, o que, também, tem levado à redução salarial e das condições de trabalho, com maior empobrecimento dos trabalhadores.

Quem nos governa não pensa a sociedade baseada no ser humano, mas nas forças que têm poder e interesse, que tiram proveito financeiro das pessoas e das sociedades, fazendo com que os ricos sejam mais e mais ricos e os pobres sejam mais e mais pobres, alertam.

Para os cidadãos ligados a estes movimentos, uma das causas principais da situação de empobrecimento vertiginoso das pessoas são as decisões políticas impostas pela União Europeia, secundadas pelos nossos governos, sendo que a recessão económica e a destruição do Estado Social são consequência dessas políticas.

Por isso, este grupo de grupo de responsáveis pede aos governos de Portugal e Espanha para colocar como prioridade irrenunciável na sua agenda política a necessidade de fortalecer as redes de solidariedade para as pessoas necessitadas e a busca de soluções consensuais para a criação de trabalho digno e justamente remunerado.