Os combates entre fações rivais afetaram seriamente a indústria petrolí­fera no Sudão do Sul, a principal riqueza do país e um dos setores com mais potencial para promover o desenvolvimento da economia nacional
Os combates entre fações rivais afetaram seriamente a indústria petrolí­fera no Sudão do Sul, a principal riqueza do país e um dos setores com mais potencial para promover o desenvolvimento da economia nacional as empresas estrangeiras e o governo não o querem admitir, mas os especialistas no setor do petróleo asseguram que a indústria petrolífera no Sudão do Sul está seriamente afetada, depois dos violentos combatentes registados no país. No estado de Unidad, a produção está completamente paralisada e no alto Nilo registou-se uma redução de 50 mil barris por dia, assegurou à agência Misna o investigador da Coligação Europeia para o Petróleo do Sudão, Edgar Wesselink. Quando se tornou independente do Sudão, em 2011, o Sudão do Sul extraía 350 mil barris por dia, dos quais 200 mil eram provenientes do estado de Unidad e os restantes do alto Nilo. Em ambas as regiões, as principais concessões foram entregues a um consórcio formado por empresas da China, Malásia e Índia. Porém, no último mês, as multinacionais têm reconsiderado a suspensão do pessoal não essencial à manutenção dos depósitos, deixando a proteção dos poços a cargo de uma unidade especializada do exército. Segundo Luke Petey, autor de um livro sobre a indústria petrolífera na região sudanesa, para modernizar as instalações e evitar uma queda maior na produção, o estado de Unidad, precisaria de cerca de 219 milhões de euros por poço. O petróleo representa 98 por cento das receitas do estado, e explorado em toda a sua capacidade, poderia favorecer o desenvolvimento da agricultura e de outros setores da economia, o que ajudaria a melhorar as condições de vida de um dos países mais pobres do mundo, assinalou o especialista.