a situação das religiões na arábia Saudita piorou, com a chegada ao poder do novo rei abdullah, após a morte do rei Fahad.
a situação das religiões na arábia Saudita piorou, com a chegada ao poder do novo rei abdullah, após a morte do rei Fahad. Na mira das autoridades estão sobretudo os cristãos. Esta mudança já levou o embaixador indiano em Riade a publicar instruções para os imigrantes do seu país.
O diplomata avisa que os casos de detenção de indianos envolvidos em actividades religiosas na arábia Saudita estão a aumentar. aconselha aqueles que da Índia se dirigem para o reino saudita a não terem com eles livros religiosos, bíblias ou imagens.
O governo saudita proíbe a prática de qualquer religião diferente do Islão fundamentalista wahabista*. Pelo que não é permitido qualquer manifestação pública, ainda que seja ter consigo bíblias, crucifixos, terços ou rezar em público.
a polícia religiosa, zelante como é, não hesita em recorrer à violência, à prisão e até à tortura, para garantir o respeito da proibição. a arábia Saudita, segundo a organização internacional Open Door, vem em segundo lugar na lista dos países que perseguem os cristãos, após a Coreia do Norte. Enquanto persegue os crentes não-muçulmanos, a arábia procura pessoal especializado no estrangeiro, para apoiar a sua economia. Riade está a tentar captar capitais estrangeiros, garantindo isenções fiscais durante 15 anos, para investirem caminhos-de-ferro, centrais eléctricas e outros pólos industriais.

* O Wahabismoé um ramo do Islão, que se afirmou em 1744, no Neged saudita. O xeque Ibn ‘abd al Wahab e o emir Muhammad Ben Saud fizeram uma grande aliança que juntou as tribos anaza. Iniciou assim um novo cisma islâmico, em nome do regresso à pureza das origens,e ao respeito formal e dogmático das prescrições do alcorão.
Esta corrente deu origem a uma frenética actividade iconoclasta, de destruição dos lugares de culto não ortodoxos. a destruição dos Budas milenares na rocha de Bamyan é o episódio mais recente deste zelo wahabita.
Talvez o wahabismo de Ben Laden o tenha levado a destruir as Twin Towers americanas, em continuidade com esta cruzada de destruição dos símbolos, própria da sua crença.