Seriamente preocupado com as violações generalizadas de direitos humanos e o «ciclo crescente de violência e retaliação» no país, o Conselho de Segurança prorrogou o mandato do gabinete de construção da paz da ONU instalado em Bangui, a capital
Seriamente preocupado com as violações generalizadas de direitos humanos e o «ciclo crescente de violência e retaliação» no país, o Conselho de Segurança prorrogou o mandato do gabinete de construção da paz da ONU instalado em Bangui, a capital O Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou o uso da força por tropas da União Europeia na República Centro-africana e somou a proibição de viagens e o congelamento de bens de governantes e milicianos a um embargo de armas já em vigor. Este organismo de 15 membros aprovou por unanimidade uma nova resolução em que expressa a sua profunda preocupação com a contínua deterioração da situação de segurança na República Centro-africana, que é caracterizada por um colapso total na lei e ordem, na ausência do Estado de Direito, com assassinatos religiosamente motivados e alvo de incêndios criminosos. O mandato do gabinete das Nações Unidas de Consolidação da Paz na República Centro-africana (BINUCa, na sigla francesa) foi prorrogado por mais um ano, até 31 de janeiro de 2015, para apoiar a implementação do processo de transição e acelerar o restabelecimento da ordem constitucional, assim como a aplicação dos acordos de Libreville de 2013, que resultaram num cessar-fogo temporário e levaram à instalação de um governo de unidade em que figuras da oposição receberam postos-chave. Os rebeldes afirmaram que o Governo não cumpriu com o estabelecido e o conflito reacendeu, resultando em milhares de pessoas mortas nos últimos dez meses de violência. Recentemente o conflito assumiu um carácter cada vez mais sectário, com milícias, maioritariamente cristãs, conhecidas como anti-Balaka, a pegarem em armas contra uma aliança de grupos rebeldes, de maioria muçulmana – conhecida coletivamente como Séléka.