Os membros da Comissão Episcopal de Justiça e Paz de Moçambique estiveram reunidos em Maputo. O encontro contou com a presença dos responsáveis das comissões diocesanas e terminou com um forte apelo ao diálogo político
Os membros da Comissão Episcopal de Justiça e Paz de Moçambique estiveram reunidos em Maputo. O encontro contou com a presença dos responsáveis das comissões diocesanas e terminou com um forte apelo ao diálogo político ao deixarem Maputo, de regresso às suas dioceses, os participantes levaram consigo, em primeiro lugar, uma rica troca de experiências sobre o trabalho que a Igreja Católica está a fazer em todo o país em favor da justiça e da paz. Levaram também um programa que traçaram durante os quatro dias de reunião (21 a 24 de janeiro). Partiram conscientes dos desafios que os esperam, sobretudo a situação político-militar. Moçambique está a atravessar um período muito conturbado e de tensão que tende a agudizar-se. Qual deve ser a atitude dos agentes de Justiça e Paz? Nas palavras de adriano Langa, presidente da Comissão Episcopal de Justiça e Paz, o agente de justiça e paz deve ser âncora no meio de um povo à beira do pânico. Deve ser profeta que denuncia os erros e está ao lado da verdade. De facto, como recorda o bispo de Inhambane, a guerra faz-se com palavras e com armas: a guerra de palavras tem maior alcance, pois, chega até onde as balas e o barulho das armas não conseguem chegar e é mais destrutiva porque ataca os espíritos e aí se aloja, como as balas se alojam na carne. a Igreja Católica em Moçambique continua a condenar toda a ação bélica e toda a atitude que pode levar à violência. Para se inspirarem na sua ação, os católicos são convidados a reler as cartas pastorais dos bispos de Moçambique, nas quais afirmam que o recurso a qualquer tipo violência não se justifica para nenhuma das partes. as divergências podem e devem ser resolvidas na mesa do diálogo. Este ano haverá eleições em Moçambique para a escolha no Presidente e do novo parlamento. a Igreja Católica, através da comissão de Justiça e Paz, é chamada a dar a sua contribuição, na educação cívica e na observação das eleições.