O milagre de Fátima mostra uma «relação í­ntima» entre «o sagrado, a natureza e o ser humano», afirmou Maria José Varandas, presidente da Sociedade de ética ambiental, na quinta sessão das Conversas Contemporâneas da Consolata
O milagre de Fátima mostra uma «relação í­ntima» entre «o sagrado, a natureza e o ser humano», afirmou Maria José Varandas, presidente da Sociedade de ética ambiental, na quinta sessão das Conversas Contemporâneas da ConsolataMaria José Varandas, mestre em Filosofia e presidente da Sociedade de Ética ambiental, esteve este sábado, 18 de janeiro, em Fátima, para falar sobre a natureza e o ambiente, no âmbito da quinta sessão das Conversas Contemporâneas da Consolata, que decorreram com o tema Missão, Espiritualidade e Ecologia.

Uma vez em Fátima, a especialista destacou e enalteceu as características do local onde decorreram as aparições, devido às suas ligações com a natureza, suscitando a curiosidade e o interesse daqueles que se encontravam no auditório do Centro Missionário allamano, espaço onde decorreu a iniciativa dos Missionários da Consolata.

Nossa Senhora deixou aqui o seu rasto, impresso na natureza. Não foi nos telhados das casas, nem podia ser. Tinha de ser exatamente nestes campos e nestas pedras, afirmou a responsável, para quem os elementos da natureza e o sagrado estão em comunhão. Há uma consagração de elementos naturais. Eles são testemunhas desse esplendor, acrescentou.

Recordando ainda as aparições de Fátima, Maria José Varandas destacou o papel das crianças que brincavam ao mesmo tempo que pastoreavam, numa relação com a natureza. Nossa Senhora não apareceu numa sala de casa, no meio da cidade, mas sim em cima de uma árvore, que é o ambiente natural e que é também o ambiente do divino, explicou.

Para a presidente da Sociedade de Ética ambiental, o milagre de Fátima mostra essa relação íntima que existe entre o sagrado, a natureza e o ser humano. É uma ligação que não pode ser separada sob pena da própria infelicidade do ser humano, alertou.

aludindo à crise ecologia, a especialista afirmou que esta tem, efetivamente, um agente responsável. Há responsabilidades nisso que são, exatamente, as ações humanas motivadas, muitas vezes, por opções irresponsáveis que muitas vezes têm como única finalidade o lucro e o dinheiro, não enveredando pelo caminho da responsabilidade e da resposta perante outrem, disse.