as migrações são «uma realidade incontornável», com «potencialidades» para o «bem de todos», mas que nem sempre têm sido aproveitadas, considera antónio Vitalino, bispo de Beja

as migrações são «uma realidade incontornável», com «potencialidades» para o «bem de todos», mas que nem sempre têm sido aproveitadas, considera antónio Vitalino, bispo de Beja

O Dia Mundial do Migrante e Refugiado é assinalado pela Igreja no próximo domingo, 19 de janeiro, e é o tema abordado por antónio Vitalino, bispo de Beja, na sua última nota pastoral. Para o prelado, as migrações são atualmente uma realidade incontornável, com potencialidades para o bem de todos que nem sempre têm sido aproveitadas.

Segundo antónio Vitalino, a diversidade associada às migrações deve ser vista como um fator de enriquecimento e de beleza e não de inveja, de opressão e guerras fratricidas. De acordo com o bispo de Beja, o egoísmo dos indivíduos e dos povos impede as pessoas de aproveitar as riquezas da mobilidade, levando-as a tratar o outro como descartável.

Como são belas as cidades que superam a desconfiança doentia e integram os que são diferentes, fazendo desta integração um novo fator de progresso! Como são encantadoras as cidades que, já no seu projeto arquitetónico, estão cheias de espaços que unem, relacionam, favorecem o reconhecimento do outro, enaltece o prelado no mesmo documento, divulgado esta semana. apesar de considerar que as migrações contribuem para denunciar as fragilidades e lacunas nos Estados e na Comunidade internacional, antónio Vitalino também afirma que estas contribuem para revelar a aspiração da humanidade para viver em unidade, no respeito às diferenças, favorecer o acolhimento e a hospitalidade, que permitem a partilha equitativa dos bens da terra e para fomentar a proteção e a promoção da dignidade humana e da centralidade de cada ser humano.