as Nações Unidas preparam uma resolução que aclara o dever moral de actuar no caso de genocídio. Blair tem a missão de usar a sua influência de modo a conseguir o acordo dos Estados Unidos.
as Nações Unidas preparam uma resolução que aclara o dever moral de actuar no caso de genocídio. Blair tem a missão de usar a sua influência de modo a conseguir o acordo dos Estados Unidos. O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, tem a missão de pressionar os Estados Unidos e outros países com dúvidas quanto a apoiar um plano das Nações Unidas (Onu) para impedir futuros genocídios como o de 1994 no Ruanda, disse na segunda-feira Oxfam, uma organização humanitária britânica.
No início deste ano Kofi annan, secretário-geral da Onu, revelou um plano para grandes mudanças à instituição que preside, incluindo a introdução de uma cláusula de responsabilidade para proteger civis de atrocidades.
annan deseja que os líderes mundiais adoptem o plano na convenção dos líderes mundiais em Setembro. Segundo Oxfam Washington tentou diluir a proposta, enquanto outros querem bloqueá-la completamente.
Este é o grande momento das negociações. O governo deve usar toda a sua influência com o Brasil, Rússia, Índia e os Estados Unidos de modo a conseguir apoio para este acordo, disse Barbara Stocking, directora da Oxfam.
Tony Blair tem uma relação de trabalho muito próxima com o presidente Bush e, segundo Stocking, deve usar a sua influência para apoiar o esquema.
Esperamos que este seja um assunto em que o primeiro-ministro vai usar esta relação de modo a conseguir um acordo neste assunto, que pode salvar milhões de vidas, disse ela. Blair sempre afirmou que o apoio dado a Bush no Iraque e afeganistão dá a Londres uma influência vital sobre a administração norte-americana.
O primeiro-ministro também afirmou que a repetição do genocídio do Ruanda, no qual se calculam uns 800 mil mortos enquanto o mundo ficava impassível, forçará um dever moral de actuar por parte da comunidade internacional.
De acordo com a Oxfam a Grã-bretanha, o Japão, o Canadá, a Nova Zelândia, a África do Sul, a União Europeia, o Ruanda e o Quénia apoiaram fortemente o esquema. No entanto, espera-se o aumento da pressão sobre eles para enfraquecer a linguagem da declaração final que os líderes mundiais vão assinar.