Vinte anos após o genocídio no Ruanda, o mundo deve responder mais cedo aos riscos de atrocidades em massa quando se verifica uma crescente polarização e demonização religiosa e étnica, advertiram especialistas reunidos pelas Nações Unidas
Vinte anos após o genocídio no Ruanda, o mundo deve responder mais cedo aos riscos de atrocidades em massa quando se verifica uma crescente polarização e demonização religiosa e étnica, advertiram especialistas reunidos pelas Nações Unidas as consequências de não se prestar atenção a sinais de alerta foram tragicamente horríveis no Ruanda, onde há 20 anos aconteceu um genocídio. Nunca devemos esquecer o fracasso coletivo em evitar o genocídio de Ruanda, assinalou o secretário-geral adjunto, Jan Eliasson, aos participantes de um evento na sede da ONU em Nova Iorque (EUa). Repetir a frase nunca mais’ é em si um sinal de fracasso continuado. Este encontro – formalmente chamado de Compromisso para o alerta precoce de atrocidades em massa – 20 anos após o genocídio no Ruanda – foi coorganizado pelo Departamento das Nações Unidas de Informação Pública (DPI), a Missão Permanente do Ruanda e o Centro Global não governamental para a Responsabilidade de Proteger. O evento especial vem na sequência das comemorações do 20. º aniversário do genocídio de Ruanda, quando em apenas 100 dias, a partir de 7 de abril de 1994, mais de 800 mil tutsis e hutus moderados foram massacrados por militantes hutus. Entre os participantes do encontro esteve Roméo Dallaire, tenente-general canadiano hoje aposentado e o chefe da força de paz da ONU no Ruanda à época, que tinha apelado em vão para o mundo atuar antes que fosse tarde demais.