O presidente colombiano Álvaro Uribe aceitou que a Igreja católica seja mediadora no conflito entre o governo e os grupos guerrilheiros.
O presidente colombiano Álvaro Uribe aceitou que a Igreja católica seja mediadora no conflito entre o governo e os grupos guerrilheiros. Uribe reconheceu os esforços que a Igreja tem feito para organizar ocasiões de diálogo com as Forças armadas Revolucionárias de Colômbia (FaRC) e o Exército de Libertação Nacional (ELN). Disse também esperar que as negociações possam levar a um cessar-fogo.
até agora o governo colombiano insistiu para que as FaRC declarassem uma trégua como condição para dialogar.
Depois de reunir-se com um grupo de bispos colombianos, Uribe anunciou que a Igreja vai desempenhar o papel de mediador oficial. O governo aceita o esforço da Igreja no sentido de um diálogo preliminar que possa conduzir a um cessar-fogo, disse o presidente aos jornalistas.
O anúncio chega uma semana depois do assassínio de três padres católicos. Calcula-se que mais de 60 membros do clero perderam a vida nos últimos 20 anos deste conflito.
Desde que chegou ao poder, Uribe reforçou a luta contra as FaRC, com uns 16 mil membros e largamente financiadas com o tráfico de drogas, e o ELN com 3 a 5 mil membros.
a mão dura do presidente contra as guerrilhas tem sido muito popular, no entanto muitos pensam que o governo não conseguirá derrotar as FaRC no campo de batalha. Uma importante contrapartida para qualquer diálogo de paz será a redistribuição de terra pelos pobres camponeses.
as negociações com os grupos de extrema-direita, os paramilitares, resultaram na desmobilização de vários milhares de homens, mas o processo foi atrasado pelas violações do cessar-fogo e a exigência de amnistia apresentada pelos paramilitares.
Foto: Álvaro Uribe, presidente da Colômbia