O mercado do turismo religioso e cultural em Portugal tem crescido um por cento ao ano, desde 2000. Cada turista gasta por dia entre 80 e 150 euros, segundo dados revelados pelo Turismo de Portugal
O mercado do turismo religioso e cultural em Portugal tem crescido um por cento ao ano, desde 2000. Cada turista gasta por dia entre 80 e 150 euros, segundo dados revelados pelo Turismo de Portugal O património temático católico e judaico faz de Portugal um destino bastante competitivo em matéria de turismo religioso e cultural, que as entidades ligadas ao setor caracterizam por touring, por se tratar de deslocações que demoram em média uma a duas semanas e são feitas maioritariamente em grupo ou em família. Segundo Teresa Ferreira, diretora do Departamento de Desenvolvimento e Inovação do Turismo de Portugal, o touring regista um crescimento consolidado (à média de um por cento ao ano) desde o início deste século, e pode alcançar resultados ainda melhores se houver união de esforços e se for encontrada uma forma viável de formatar as propostas de visita, tendo em conta a dimensão espiritual e cultural do património nacional. Na sua intervenção nas Jornadas Nacionais da Pastoral do Turismo, que decorrem em Fátima, a responsável lembrou que um turista de touring gasta em média entre 80 a 150 euros por dia e que 67 por cento das pessoas que visitaram o nosso país neste âmbito frequentaram monumentos e museus durante as férias, sendo que 82 por cento se manifestaram muito satisfeitos com a experiência. Fátima, com 3,5 milhões de peregrinos por ano, continua a apresentar-se como o destino mais procurado pelos turistas com motivações religiosas. Segue-se o caminho português para Santiago de Compostela, que é o mais percorrido, a seguir ao caminho em território francês. apesar destes resultados, há ainda muito a fazer para captar mais visitantes e melhorar a qualidade das visitas. Para Teresa Ferreira, a forma como se apresenta ou se ajuda a interpretar o património são essenciais. Neste contexto, torna-se fundamental melhorar a sinalização para o acesso ao património, reforçar a valorização turística dos eventos e tradições populares, aperfeiçoar a acessibilidade para pessoas com necessidades específicas e alcançar uma melhor articulação entre os diversos agentes turísticos.