O livro de Marco Daniel Duarte, editado pela fundação arca da aliança, revela tesouros escondidos ou desconhecidos por muitos que habitam ou afluem a à Cova da Iria
O livro de Marco Daniel Duarte, editado pela fundação arca da aliança, revela tesouros escondidos ou desconhecidos por muitos que habitam ou afluem a à Cova da IriaRecentemente, à procura de um livro no Centro de Documentação do MaSE (Museu de arte Sacra e Etnologia), voltei a ter ocasionalmente nas mãos o tão bem concebido livro arte Sacra em Fátima – Uma peregrinação estética, de Marco Daniel Duarte, editado pela fundação arca da aliança. Este roteiro artístico de Fátima revela tesouros escondidos ou desconhecidos por muitos que habitam ou afluem a esta cidade Santuário. Obras arquitetónicas, pinturas, esculturas de grande qualidade e de artistas nacionais e internacionais de renome, abundam mais do que normalmente se supõe, sendo suplantadas pelo que é mais visível e acessível aos transeuntes: as vitrinas das lojas de artigos religiosos da cidade. ao folhear o livro, voltei a focar a minha atenção num espaço religioso que me está próximo e que muitas vezes visito por motivos profissionais e que segundo o historiador de arte, autor desta publicação, é um dos mais interessantes espaços arquitetónicos da Cova de Iria. Refiro-me, em concreto, à Capela do Centro Missionário allamano, dos Missionários da Consolata. Traçada por Gigi Cappa Bava e construída entre 1987 e 1991, o templo, de planta circular, apresenta-se como um verdadeiro poço ao qual acedemos por uma extensa rampa, quase sendo associada à descida dos primeiros cristãos às catacumbas de Roma. Nada mais está construído abaixo dela, estando o altar no piso térreo. as aberturas iluminam quase zenitalmente o altar, ambão, sede presidencial, sacrário, crucifixo e a escultura de Nossa Senhora da Consolata do escultor Rebelo Cardoso. Parte do pano de parede inferior é revestida por azulejos da cerâmica Viúva Lamego. a capela foi construída no centro do complexo arquitetónico, indo ao encontro do que o fundador dos missionários e das missionárias da Consolata, beato José allamano, apregoava: a Eucaristia deve ser o centro de tudo. É também a meio do percurso do Museu de arte Sacra e Etnologia que o visitante pode visitar este espaço que, além de favorecer uma paragem para repouso, propicia à oração. Por estar próximo e a ela aceder muitas vezes, corro o risco de não saber apreciar a sua verdadeira beleza ou dela esquecer-me. Pois bem, vou até lá neste preciso momento, apreciá-la com a atenção que verdadeiramente merece. Faça o mesmo nalgum espaço patrimonial que frequente e que esteja bem perto de si e absorva tudo aquilo de belo que ele oferece!*Diretor do Museu de arte Sacra e Etnologia, Fátima