«Sinto-me escuteiro todos os dias ? no meu trabalho, na forma como me dou com os amigos, na tentativa de ser leal aos meus compromissos assumidos. E na forma como respondo aos desafios»
«Sinto-me escuteiro todos os dias ? no meu trabalho, na forma como me dou com os amigos, na tentativa de ser leal aos meus compromissos assumidos. E na forma como respondo aos desafios»Que tipo de desafio? Esta seria a resposta normal, a medo, quando confrontado com a pergunta: Paulo? Posso fazer-te um desafio? Mas quem ma fez continuou: Preciso de um texto de um escuteiro sobre o que o fez aderir ao movimento e que lições tirou da vivência. Claro que a minha resposta foi: Vou tentar. Porque é mais forte do que qualquer receio, esta vontade de responder a um desafio, por parte de um escuteiro. Fui lobito sem dar conta, durante três meses. Depois, (23 anos depois), conheci dois tipos, completamente diferentes, que não se conheciam entre si. Um de Viseu, outro de Coimbra. O que me cativou neles – e os destacou dos restantes amigos, foi a forma sempre pronta e positiva como os via aceitarem desafios de vida’, no dia a dia: estudo, namoro, tropa, brincadeiras, amigos, férias, família, vida! Em comum? Terem 20 anos e serem escuteiros. E nisso eram iguais. E diferentes dos restantes amigos. Uma matriz de vivência que me cativou e fez escolher o mesmo caminho, aos 30 anos. Tentando ser como eles. Sempre pronto, sempre alerta. Quando os apresentei um ao outro, ficaram amigos desde sempre’, talvez porque tinham um caminho em comum. Quando lhes referia isso, riam e diziam: É porque somos Filhos do mesmo Pai!Hoje, duas décadas depois dessa minha tomada de decisão, continuo irmão deles. Filho do mesmo Pai.com um caminho que tornei comum ao deles, olhando para os meus irmãos mais novos para lhes seguir o exemplo. Porque nunca é tarde para aprender. Porque me sinto escuteiro todos os dias – no meu trabalho, na forma como me dou com os amigos, na tentativa de ser leal aos meus compromissos assumidos. E na forma como respondo aos desafios – nunca desistindo antes de começar, e mesmo com esse medo tão humano, avançar. E trilhar caminho. Sem vergonha de falhar, porque assim é que se aprende, tentando. até chegarmos ao nosso Fim de Pista. *Secretário Regional dos adultos, Junta Regional de Coimbra