Uma nova constituição para o Quénia será brevemente submetida a referendo popular e muitos duvidam que ela venha a criar mais democracia e bem estar.
Uma nova constituição para o Quénia será brevemente submetida a referendo popular e muitos duvidam que ela venha a criar mais democracia e bem estar. O texto final da nova constituição da República do Quénia, que levou uns anos a redigir, vai ser publicado dentro de poucos dias e será submetido a referendo popular lá para Novembro.
a este texto, ao qual o Parlamento deu os últimos retoques – não sabemos quais – já se não podem fazer alterações. Ou se aceita ou se rejeita na totalidade.
Nestes dias começa também a campanha pelo sim ou pelo não, uma campanha que promete dividir até mesmo os partidos do governo e que portanto vai ser bem aguerrida.
Duas são as questões fundamentais de que mais se fala. a primeira é de teor político e social e diz respeito aos poderes do futuro primeiro-ministro. Há quem deseje dar-lhe amplos poderes e há quem insista que não se reduzam os poderes do Presidente da República.
a outra questão tem um certo teor religioso pois se confere aos muçulmanos o direito de terem os seus juízes e os seus tribunais para questões ligadas à tradição muçulmana. Muitos cristãos vêem isso com maus olhos.
Quando nestes dias virmos o texto final saberemos para onde pendeu a mão dos poderosos. Dá-se porém o caso que a nova Constituição por má que possa ser será sempre melhor que a actual e é por isso que o povo terá que tomar uma decisão prudente e não rejeitar o todo só por causa de um ou dois pontos menos agradáveis.
Se o passado nos pode ser de exemplo, vai haver pancadaria. À Igreja tocará ajudar as pessoas a discernir, sem no entanto lhes ditar a escolha.