O Supremo Tribunal do Chile condenou o Estado a compensar os familiares de uma das vítimas do tsunami que atingiu o país, em 2010. a decisão pode abrir um precedente para outros casos semelhantes
O Supremo Tribunal do Chile condenou o Estado a compensar os familiares de uma das vítimas do tsunami que atingiu o país, em 2010. a decisão pode abrir um precedente para outros casos semelhantes É uma decisão inédita, que pode abrir caminho a novos processos judiciais e pedidos de indemnização. Pela primeira vez, o Supremo Tribunal do Chile deu razão aos familiares de uma das vítimas do tsunami que atingiu o país em 2010 e condenou o Estado a indemnizá-los com cerca de 73 mil euros. Os juízes conselheiros reconheceram o direito à viúva, aos filhos e netos de Mário Ovando Garcés, de receberem uma recompensa de 55 milhões de pesos, com base nos erros de avaliação cometidos pelo Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da armada (SHOa), que após os sismos de 27 de fevereiro de 2010 sustentaram que não havia perigo de tsunami. Depois de ouvir o parecer dos especialistas, pela rádio, Ovando permaneceu em casa, na cidade costeira de Talcahuano, onde acabou por morrer. Os sismos e o tsunami que se seguiu causaram mais de 500 mortos e afetaram mais de 800 mil pessoas. além da atribuição da indemnização, o tribunal acusou de negligência o então chefe do SHOa, o ministro do Interior e o diretor do Serviço Sismológico da Universidade do Chile, entre outros dirigentes.