Um dia depois da denúncia de uma tentativa de golpe de Estado, a cidade de Juba ficou em estado de sítio, devido à troca de tiros entre os militares do exército regular e os insurgentes
Um dia depois da denúncia de uma tentativa de golpe de Estado, a cidade de Juba ficou em estado de sítio, devido à troca de tiros entre os militares do exército regular e os insurgentes Os confrontos armados regressaram ao Sudão do Sul, mais concretamente à cidade de Juba, depois do Presidente Salva Kiir ter denunciado uma tentativa de golpe de Estado por parte do seu ex-vice-presidente, Riek Machar, e de alguns soldados que o apoiavam. Temendo pela sua segurança, perto de 13 mil pessoas procuraram refúgio nas bases das Nações Unidas. Há disparos em vários pontos da cidade e estamos todos encerrados em casa, relatou albino Tokwaro, diretor da emissora católica Rádio Bakhita, em declarações à agência Misna, a partir da sua residência, na parte central da cidade. Segundo Tapiwa Gomo, responsável pelo gabinete de coordenação de ajuda Humanitária da ONU em Juba, os combates estendiam-se também ao aeroporto e às áreas limítrofes. De acordo com fontes governamentais, na terça-feira, 17 de dezembro, os confrontos já tinham provocado 26 mortos e mais de uma centena de feridos. Os combates começaram no domingo à noite, no principal quartel da cidade, entre militares dos dois maiores grupos étnicos do Sudão do Sul: os Dinka, a que pertence o Presidente, e os Nuer, do ex-vice-presidente. após a tentativa de destituição do governo, foram detidos quatro ex-ministros.