«alegrem-se o deserto e o descampado, rejubile e floresça a planí­cie árida. Dizei aos corações perturbados: ‘Tende coragem. Não tenhais medo. aí­ vem ele, o vosso Deus. Ele próprio vem salvar-vos’», grita Isaí­as na primeira leitura deste domingo
«alegrem-se o deserto e o descampado, rejubile e floresça a planí­cie árida. Dizei aos corações perturbados: ‘Tende coragem. Não tenhais medo. aí­ vem ele, o vosso Deus. Ele próprio vem salvar-vos’», grita Isaí­as na primeira leitura deste domingoDesertos e descampados onde não mora a felicidade. Corações onde vive tirana a dúvida se ainda há amor nesta terra órfã de tanto bem. Crianças que experimentam as vinganças que lhes injetaram os adultos. Castelos de sonhos de oiro e luz que as ondas da discriminação desfizeram. E tudo isto numa Terra-Mãe que tudo tem para ser um Éden de beleza e paz. Quando, finalmente, se transformará em luz a cegueira dos ódios que tantos corações escravizam? Mesmo em muitos que já experimentaram a vivência de Cristo, murcharam as promessas. No alfobre das vidas crianças fenecem flores. Literalmente, ou simbolicamente, até profetas e sacerdotes vagueiam pelo país sem nada compreenderem, gemia Jeremias (14,18). Mas em tudo há um verso e um reverso. É de ficar de coração escancarado de admiração ao vermos gente de várias categorias sociais que aceitam em plenitude o amor infinito que em Cristo o nosso Deus nos mostrou e sempre mostra. Porque afinal, Deus não nos ama porque é amado, mas porque é amor. E nós, neste terceiro Domingo do advento, já estamos adiantados no tempo da preparação para a vinda do Filho Unigénito de Deus à terra no Natal, ele que veio para a refrescar com o seu amor. É possível que seja precisa uma reviravolta na nossa vida.como na de Zaqueu, de Mateus, de agostinho, de João de Deus. amar a Deus só custa quando teimamos viver nos Everestes do egoísmo. Que chalaça acreditar só nas próprias maneiras de ver! a ciência mais genial, mais humanista, é a da fé num Deus que tudo criou por amor e que por amor salva. Profetas, à João Batista mesmo, vivem e ensinam no meio de nós. Façamos silêncio muitas vezes para ouvirmos a voz da verdade que germina promessas e certezas no nosso coração. Virgem do Silêncio que geras a Vida, ensina-nos o que quer dizer abrir o nosso coração à luz do Verbo Encarnado, no silêncio produtivo do nosso orar.