O advento apela-nos a estarmos atentos, vigilantes, a recomeçar. Jesus Cristo continua a chamar-nos a atenção e é por isso que nunca será demais recordarmos
O advento apela-nos a estarmos atentos, vigilantes, a recomeçar. Jesus Cristo continua a chamar-nos a atenção e é por isso que nunca será demais recordarmosPeca por não ser original mas, assumidamente, a temática deste mês será a Natividade. Podemos pensar que é mais um a falar do mesmo. Na realidade até é, mas é verdade também que com tanto mediatismo, compras, luzes, movimento e consumismo, habitualmente se verifica secundarizar o verdadeiro significado do Natal. O advento apela-nos a estarmos atentos, vigilantes, a recomeçar. Jesus Cristo continua a chamar-nos a atenção e é por isso que nunca será demais recordarmos. Os presépios ajudam-nos a relembrar esse grande acontecimento que marcou para sempre a História da Humanidade. Existem miríades formas de representar o nascimento do Salvador. Há presépios mais eruditos, outros mais populares, uns de materiais pobres, outros ricos. Ponderei falar de vários, mas a minha escolha recaiu num magnífico presépio em terracota, dos finais do século XX, do autor peruano Luis Jeri, ao qual lhe foi atribuído a designação: Natividade. Exposta em Fátima, na exposição permanente do Museu de arte Sacra e Etnologia, esta Natividade, de tamanho quase natural, destaca-se pela sua originalidade, representando o momento do parto da Virgem. as figuras têm fisionomias dos povos dos andes e trajes também. Maria, está sentada a dar à luz, estando José a assistir ao parto e apoiando-a nas costas. O Menino Jesus sorri e é amparado por dois anjos, os seus parteiros. O artista quis mostrar aquele especial momento em que Deus se revelou com a imagem da sua criação, com a imagem humana. Deus Encarnou para todos os povos, sejam eles do oriente ou do ocidente, ganhando por isso, neste caso, feições fisionómicas específicas de um determinado povo do mundo. Que este presépio, pela sua originalidade, qualidade e impacto causado ao observador, de tão forte humanidade, possa lembrar o verdadeiro significado do Natal. E já agora, tenha um Santo e Feliz Natal!*Diretor do Museu de arte Sacra e Etnologia, Fátima