«aconselho a todos os pais que deem aos vossos filhos a possibilidade de vivenciar o escutismo. Ser escuteiro é um modo de vida, uma opção de vida»
«aconselho a todos os pais que deem aos vossos filhos a possibilidade de vivenciar o escutismo. Ser escuteiro é um modo de vida, uma opção de vida»Sou aquilo a que nos escuteiros se costuma designar por paraquedista. Mas o que é isso de paraquedista – sim por que não se pratica para-quedismo no CNE, de forma sistemática, claro! Paraquedistas são aqueles que só entram nos escuteiros em adultos, não o tendo sido durante a infância e juventude, como é mais usual. No meu caso, ser escuteira sempre foi um desejo desde criança. Ouvia os relatos dos meus colegas de escola que eram escuteiros e fascinava-me aquele mundo de aventuras, mas embora tivesse repetidamente pedido aos meus pais para aderir ao movimento, nunca fui para os escuteiros. Entretanto, a minha irmã mais nova cresceu, a vida dos meus pais também era diferente e eu, já quase adulta, fiz pressão para que ela entrasse.com nove anos ela ingressou nos Lobitos do agrupamento 127-Sé Leiria, tendo logo nesse verão participado num acampamento Regional, sob o Lema das Famílias (vivia-se o ano de 1994 – ano Internacional da Família). Eu vivendo de forma próxima esta sua vida escutista e estando de regresso a Leiria após a conclusão do curso superior, fui-me envolvendo nas atividades, a convite da chefia… e assim me tornei paraquedista! Neste percurso fiz a formação proposta para que me tornasse dirigente. Fiz a Promessa de Chefe e cada vez mais o escutismo passou a fazer parte da minha vida e a ser uma família para mim! Uma família incluindo a minha. Explicando melhor: no decorrer dos projetos, em que me fui envolvendo, nomeadamente a liderança da equipa regional, conheci o meu marido (também ele escuteiro) e pai das minhas duas filhas. Neste momento, e porque o dever do escuta começa em casa estou menos ativa… mas, logo que elas cresçam, lá voltaremos às nossas aventuras escutistas. Voltando à minha irmã mais nova. Ela cumpriu o seu caminho escutista até aos caminheiros e entretanto também as minhas duas sobrinhas (por influência das tias) entraram nos escuteiros e com elas (por eu própria ser mais velha e já ser mãe) vejo a quantidade de vivências que têm e que de outra forma não teriam. Por isso, e em relação à nostalgia que muitas vezes sinto por não ter sido escuteira em criança, resta-me este orgulho de ter proporcionado às minhas meninas esta experiência. aconselho a todos os pais que deem aos vossos filhos a possibilidade de vivenciar o escutismo, não esquecendo, como dizemos no escutismo: o escutismo é para todos… mas nem todos são para o escutismo! Ser escuteiro é um modo de vida, uma opção de vida, é algo que se nos entranha na pele e nos leva a ter sempre o desejo de ser útil e fazer melhor. *antiga Chefe Regional de Leiria