Missão das Nações Unidas está a preparar a utilização de aviões não tripulados para reforçar a vigilância nas fronteiras da República Democrática do Congo, numa altura em que o Presidente, Joseph Kabila, prossegue a visita ao leste do país
Missão das Nações Unidas está a preparar a utilização de aviões não tripulados para reforçar a vigilância nas fronteiras da República Democrática do Congo, numa altura em que o Presidente, Joseph Kabila, prossegue a visita ao leste do país O vice-secretário das Nações Unidas para as operações de manutenção de paz, Hervé Ladsous, anunciou esta segunda-feira, 2 de dezembro, que a partir da próxima semana as fronteiras entre a República Democrática do Congo (RDC), o Ruanda e o Uganda, passam a ser vigiadas também por aviões não tripulados, mais conhecidos por drones’. Trata-se de um instrumento essencial para avançar com o plano militar, adiantou o responsável. Entretanto, o Presidente da RDC, Joseph Kabila, continua em viagem pelo leste do país, onde tem alertado a população para o perigo de novos conflitos. a luta contra os grupos armados não terminou. Só acabou uma fase da guerra, mas corremos sempre o perigo de que comece um novo conflito. Por isso, continuaremos a preparar-nos para ter um exército forte e dissuasivo, afirmou o Chefe de Estado, em Goma, capital da província de Kivu do Norte, pedindo aos congoloses que permaneçam atentos para não serem surpreendidos se começar outra guerra. Kabila está na zona leste desde 20 de novembro, para assinalar a derrota dos rebeldes do Movimento 23 de março (M23) por parte das tropas do exército regular, com o apoio da missão local da ONU (MONUSCO). Dirigindo-se às milícias ativas, lançou um ultimato: Caso não entreguem as armas voluntariamente serão desarmados à força. À população deixou o compromisso de lançar uma série de projetos de desenvolvimento durante o próximo trimestre. além da crise humanitária, no Kivu do Norte faltam serviços e infraestruturas. No seu discurso, citado pela agência Misna, o Presidente acusou os países vizinhos de utilizarem o Kivu do Norte como uma porta de acesso ao Congo. Joseph Kabila vai aproveitar para reunir com o seu homólogo ugandês, Yoweri Museveni, que tem servido de mediador nas conversações de paz, suspensas há três semanas entre Kinshasa e os rebeldes do M23. as comunidades regionais e internacionais esperam que as partes cheguem a um acordo que ponha fim às hostilidades na região.