O alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) lançou um alerta à comunidade internacional para salvar as crianças Sírias, que estão traumatizadas, isoladas e privadas de educação, por causa da guerra
O alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) lançou um alerta à comunidade internacional para salvar as crianças Sírias, que estão traumatizadas, isoladas e privadas de educação, por causa da guerra Se não agirmos rapidamente, uma geração de pessoas inocentes será sacrificada por causa desta guerra terrível, alertou esta semana o alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, antónio Guterres, na apresentação do primeiro estudo do aCNUR sobre as crianças sírias, que abrange todo o período do conflito, desde março de 2011. Os resultados da investigação revelam que existem cerca de 294 mil crianças sírias refugiadas na Turquia, 385 mil no Líbano, 291 mil na Jordânia, 77 mil no Iraque, 56 mil no Egito e mais de sete mil na África do Norte. Mais de três mil foram separadas da família e perto de 70 mil agregados familiares vivem sem o pai. O mundo precisa agir para salvar da catástrofe uma geração de crianças sírias traumatizadas, isoladas e cercadas pelo sofrimento, preveniu por sua vez a enviada especial do aCNUR, angelina Jolie. Os autores do estudo, que apenas puderam entrevistar crianças sírias na Jordânia e no Líbano, constataram que muitas famílias de refugiados sem recursos financeiros enviam seus filhos para trabalhar e garantir a sua sobrevivência. alguns, com apenas sete anos, enfrentam longas horas de trabalho em troca de baixos salários e, muitas vezes, em condições perigosas. Outra questão que está a causar preocupação é o grande número de bebés nascidos no amílcar sem certidão de nascimento – um documento essencial para prevenir a apatridia. após quase 1. 000 dias de um conflito que já fez mais de 120 mil mortos, o aCNUR apela à comunidade internacional que apoie os países vizinhos da Síria para manterem as suas fronteiras abertas e melhorar seus serviços de atendimento às vítimas do conflito. antónio Guterres pede ainda aos outros países que ofereçam mais habitações e admitam, por razões humanitárias, as famílias de refugiados com crianças gravemente feridas.