Os crescentes conflitos entre agricultores e indígenas, por causa da posse das terras, levaram a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil a pedir ao executivo de Dilma Rousseff uma atitude mais firme na resolução do problema
Os crescentes conflitos entre agricultores e indígenas, por causa da posse das terras, levaram a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil a pedir ao executivo de Dilma Rousseff uma atitude mais firme na resolução do problema O momento é crítico e exige urgente e efetiva ação por parte do governo brasileiro em defesa da vida, da justiça e da paz entre indígenas e agricultores no país, refere um comunicado emitido pelo Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a propósito dos crescentes conflitos fundiários entre povos indígenas e agricultores. Segundo os bispos brasileiros, a solução passa necessariamente pelo reconhecimento do direito histórico e constitucional dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais, bem como, pelo reconhecimento dos títulos de terra denominados de boa fé. O que quer dizer que o governo deve assumir a responsabilidade pelo erro político-administrativo cometido ao longo de décadas e indemnizar os agricultores que adquiriram de boa fé a terra onde vivem com as suas famílias. Não é aceitável a posição assumida pelo governo federal e pelos distintos governos estaduais neste processo, adianta a CNBB, sublinhando que impedir e protelar a solução desses problemas potencializa a insegurança, as angústias e os riscos de conflitos entre indígenas e agricultores, ambos vítimas de um modelo equivocado de ocupação do território brasileiro.