Porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa considera que a exortação apostólica do Papa Francisco aponta caminhos para a «verdadeira renovação» da Igreja Católica. E destaca a linguagem simples e direta do documento
Porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa considera que a exortação apostólica do Papa Francisco aponta caminhos para a «verdadeira renovação» da Igreja Católica. E destaca a linguagem simples e direta do documentoUm documento surpreendente, com linguagem simples e direta, que aponta os caminhos certos para a verdadeira renovação da Igreja e que, apesar de ser dirigido aos católicos, tem muitas partes acessíveis e de interesse para qualquer homem ou mulher que se interesse em promover um mundo melhor, mais justo, pacífico e solidário. É desta forma que o padre Manuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), classifica a primeira exortação apostólica do Papa Francisco. No documento, que em português tem o título a alegria do Evangelho, o Sumo Pontífice apela à renovação da Igreja Católica, alerta para a exclusão e a desigualdade social, e defende uma presença mais incisiva das mulheres na Igreja, mas fecha a porta a qualquer possibilidade de acederem ao sacerdócio. Em relação ao aborto, avisa que não se deve esperar que a Igreja mude a sua posição, pois esta é uma questão que não está sujeita a supostas reformas ou modernizações. Manuel Morujão destaca como aspetos mais relevantes no atual contexto de crise mundial, a abordagem pertinente e incisiva à crise do compromisso comunitário. Basta recordar alguns títulos: Não à economia da exclusão; não à nova idolatria do dinheiro; não a um dinheiro que governa em vez de servir; não à desigualdade que gera violência; não ao pessimismo estéril; não à depressão egoísta; não à mundanidade espiritual; não à guerra entre nós… , indicou, em declarações à agência Lusa. Para o sacerdote jesuíta, o documento inspira coragem e otimismo e não enferma [] de um tom de lamentação ou alarmismo, mas descortina o que há de bom na sociedade e na Igreja de hoje. Trata se de um texto bastante extenso, mas tem passagens de grande beleza e que impulsionam a passar das palavras à ação concreta. Estou certo que a Igreja em Portugal encontrará aqui um mapa que indica os caminhos certos a seguir para uma verdadeira renovação, concluiu.