Governo francês quer impedir que o conflito fique fora do controlo e propôs ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que promova uma intervenção rápida para travar os confrontos
Governo francês quer impedir que o conflito fique fora do controlo e propôs ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que promova uma intervenção rápida para travar os confrontos a crise na República Centro-africana (RCa) exige uma ação rápida e decisiva, para evitar o perigo de um conflito étnico e religioso e impedir que o país se converta num viveiro de extremistas e de grupos armados, afirmou o vice-secretario geral da ONU, Jan Eliasson, perante o Conselho de Segurança, que dedicou uma sessão aos confrontos vividos na ex-colónia francesa. Os 15 países membros do Conselho de Segurança estão de acordo sobre a necessidade de implantar uma força de paz na RC a para apoiar as autoridades locais, dos países da África Central e da União africana, que a partir de 19 de dezembro assumirá o comando da Missão Internacional de apoio à República Centro-africana (MISCa, na sigla em inglês). Neste sentido, a autorização para a constituição de uma missão de paz poderá ser só uma questão de tempo, segundo informações veiculadas pela agência Misna. Porém, a França prossegue com as pressões diplomáticas e promoveu uma proposta de resolução, que pode ser levada a votação já na próxima semana. No texto, é sugerido que se autorize a MISC a a implantar-se no país durante seis meses, para restabelecer a segurança e proteger os civis, e que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, proponha a transformação da força numa missão das Nações Unidas. além de propor um embargo de um ano à entrada de armas no país, a resolução autoriza as tropas francesas presentes no território (450 militares) a tomar todas as medidas necessárias para apoiar a força panafricana. alguns observadores comparam este tipo de intervenção com o que foi posto em prática no Mali, onde os franceses iniciaram as operações militares contra os grupos islamitas.