a União de Mulheres alternativa e Resposta (UMaR) reclama o reforço das estratégias de prevenção contra a violência doméstica em Portugal. Este ano, já foram mortas 33 mulheres
a União de Mulheres alternativa e Resposta (UMaR) reclama o reforço das estratégias de prevenção contra a violência doméstica em Portugal. Este ano, já foram mortas 33 mulheres apesar da diminuição do número de mulheres mortas em contexto de violência doméstica, em relação ao ano passado, as ativistas da União de Mulheres alternativa e Resposta (UMaR) alertam que Portugal não tem uma estratégia definida ou aplicada para prevenir este tipo de crime. Esta segunda-feira, 25 de novembro, assinala-se o Dia Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres, data em que foi revelado que entre janeiro e 20 de novembro foram mortas 33 mulheres. Estes dados traduzem uma baixa em relação a igual período de 2012, quando foram mortas 40 mulheres, mas não significam que se esteja perante uma tendência consolidada da diminuição do fenómeno. Também no passado, a existência de anos com diminuição de femicídios foi logo contrariada no ano seguinte com um aumento significativo e, por vezes, mesmo duplicante, alertou Elisabete Brasil, uma das ativistas da UMaR, em declarações à agência Lusa. Eu creio que Portugal não tem uma estratégia de prevenção definida e aplicada. Não temos uma lógica de prevenção e uma estratégia política e ativa de prevenção primária, afirmou a defensora dos direitos da mulher, sugerindo o reforço das medidas de polícia, a aplicação de instrumentos de avaliação de risco ou a promoção de medidas de coação adequadas e em tempo útil. Elisabete Brasil aconselha ainda o fortalecimento da monitorização das medidas de coação aplicadas, com o recurso à vigilância eletrónica.