a adolescente paquistanesa, que os talibãs tentaram assassinar, pede aos países europeus que ajudem a garantir o acesso à educação aos 57 milhões de menores privados de ensino escolar
a adolescente paquistanesa, que os talibãs tentaram assassinar, pede aos países europeus que ajudem a garantir o acesso à educação aos 57 milhões de menores privados de ensino escolar Um país com pessoas com talento e educação é o verdadeiro superpoder. Não é um país com dezenas de milhares de armas. Mudemos o nosso conceito. Este foi o apelo feito por Malala Yousafzai, num discurso no Parlamento Europeu, onde foi receber o Prémio Sakharov, que lhe foi atribuído em reconhecimento pela luta que tem travado a favor da educação universal das meninas no Paquistão. Malala, que sofreu um ataque dos talibãs, dedicou o prémio aos heróis anónimos do Paquistão e a todas as pessoas do mundo que lutam pelos direitos humanos básicos, e aproveitou para pedir o apoio da Europa para garantir o acesso à educação dos 57 milhões de crianças que não têm oportunidade de frequentar a escola. Desafio os países europeus a apoiar os países que sofrem, especialmente o Paquistão, que precisa de ajuda na educação, comércio e desenvolvimento, afirmou a menor, insistindo que o país mais poderoso deve ser aquele que tem o nível de alfabetismo mais alto, que respeite os direitos básicos da população e seja um Estado igualitário para homens e mulheres. No discurso, muito aplaudido pelos eurodeputados, Malala Yousafzai recordou também que muitas meninas no seu país são vítimas de casamentos forçados, de tráfico de menores, e de violência sexual. Um flagelo que não retira a fome de educação aos jovens. Há esperança porque todos estamos aqui juntos, unidos, para ajudar os menores inocentes, disse a rapariga. O presidente do Parlamento Europeu, por sua vez, lembrou que Malala se transformou num ícone global, a favor do direito à educação das menores e contra o fanatismo, que deu voz e esperança a milhões de meninos e meninas em todo o mundo, que esperam um dia ter acesso ao ensino. É nossa obrigação que este sonho se torne realidade, afirmou Martin Schulz.