O Papa Francisco salientou a importância da confissão dos pecados e revelou que ele próprio se confessa de 15 em 15 dias, apelando à compreensão da «dimensão eclesial» deste sacramento
O Papa Francisco salientou a importância da confissão dos pecados e revelou que ele próprio se confessa de 15 em 15 dias, apelando à compreensão da «dimensão eclesial» deste sacramentoCom a Praça de São Pedro cheia, não obstante a intensa chuva nocturna, na audiência geral desta quarta-feira, dia 20 de novembro, o Papa prosseguiu a catequese sobre a remissão dos pecados, dizendo que o protagonista do perdão dos pecados é o Espírito Santo. Mas é um poder – o de perdoar os pecados – que Jesus transmitiu aos apóstolos: a Igreja é a fiel depositária deste poder das chaves. Deus perdoa os pecados mas Ele próprio quis que todos os que pertencem a Cristo e à Igreja recebam o perdão mediante os ministros da comunidade. É um serviço que a Igreja presta, porque a Igreja não é a senhora deste poder das chaves, mas é serva do ministério da misericórdia e alegra-se todas as vezes que pode oferecer este dom divino. Segundo o Papa, muitas pessoas dizem que se confessam diretamente a Deus, mas Deus manda-lhes um irmão que lhes traz o perdão em nome da Igreja. E não são só os fiéis leigos que precisam de se confessar. Também os sacerdotes têm de se confessar, também os bispos, todos somos pecadores. Também o Papa se confessa, de 15 em 15 dias, porque o Papa também é um pecador, e o confessor ouve as coisas que eu lhe digo, aconselha-me e perdoa-me, porque todos temos necessidade deste perdão, declarou. Concluindo a sua catequese, o Santo Padre recomendou que o sacerdote que presta este ministério, seja muito delicado e que o seu coração esteja em paz. E sobretudo que seja benévolo e misericordioso; que saiba semear esperança nos corações e seja consciente que o irmão ou a irmã que procura o sacramento da reconciliação fá-lo como tantas pessoas procuravam Jesus para que as curasse. O Papa recordou depois que no dia 21 de novembro recorre a memória litúrgica da apresentação de Nossa Senhora no Templo, e é um dia dedicado às comunidades religiosas de clausura. Seguidamente recordou e rezou também pelas vítimas do ciclone na Sardenha que nos últimos dias deixou um rasto de destruição naquela ilha italiana.