a gestão de água coloca problemas que podem agravar-se não daqui a mil anos ou 100 anos, mas já nas próximas décadas, alertou o especialista Luís Veiga da Cunha

a gestão de água coloca problemas que podem agravar-se não daqui a mil anos ou 100 anos, mas já nas próximas décadas, alertou o especialista Luís Veiga da Cunha

a administração da água coloca problemáticas que podem agravar-se nas próximas décadas, sobretudo na agricultura, energia ou ambiente. Tudo isto é um sistema interligado e as coisas podem complicar-se não daqui a mil anos ou 100 anos, mas nas próximas décadas, afirmou o especialista Luís Veiga da Cunha, a propósito do livro Água e o Futuro da Humanidade. a obra vai ser lançada terça-feira, 19 de novembro, a partir das 17h30, no auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, e incide sobre vários aspetos das relações da água com setores como a energia, agricultura, ambiente ou alterações climáticas, com o objetivo de avaliar em que medida este recurso pode vir a ser um problema muito condicionante do desenvolvimento da atividade humana no futuro. Segundo o especialista, a tomada de consciência destes problemas é importante, mas também é necessário que se arranje qualquer sistema de governança da água a nível mundial, o que é extremamente difícil dadas as diferenças nacionais, de preocupações e interesses, que são muitas vezes contraditórios. Em declarações à agência Lusa, Luís Veiga da Cunha explicou que a água é um recurso natural que não é inesgotável, é duradouro, mas renovável apenas em proporções limitadas.com o crescimento da população, da atividade económica e o desenvolvimento dos países, os consumos aumentam. O especialista falou ainda sobre as preocupações com as alterações climáticas que afetam de forma diferente várias regiões do mundo e, em muitos casos, determinam uma diminuição da disponibilidade de água e um aumento da sua procura, sobretudo em zonas já atualmente mais prejudicadas.