O «aumento» do número de ricos em Portugal, bem como do «volume de riqueza que vai acumulando os já enriquecidos» é «escandaloso», afirmou Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa
O «aumento» do número de ricos em Portugal, bem como do «volume de riqueza que vai acumulando os já enriquecidos» é «escandaloso», afirmou Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas PortuguesaO desemprego contribui para o aumento das desigualdades, minimiza a repartição do rendimento e contribui para o enfraquecimento da coesão social, alertou o presidente da Cáritas Portuguesa. a comprová-lo está o recente relatório que nos dá conta do aumento do número escandaloso de ricos em Portugal, bem como do volume de riqueza que vai acumulando os já enriquecidos, acrescentou Eugénio Fonseca. Em Fátima, o responsável pela Cáritas Portuguesa disse este sábado, 16 de novembro, que a organização está preocupada com o conjunto de medidas previstas no orçamento para o próximo, que contribuem para fragilizar o modelo de estado social vigente, nomeadamente, os sucessivos cortes que têm vindo a acontecer nas despesas nos serviços públicos de educação, de saúde e segurança social. Segundo Eugénio Fonseca, esta é uma altura em que ninguém pode ficar indiferente, sendo necessária uma solidariedade ativa que a todos implica. Para o responsável, o cumprimento de uma obrigação nacional não pode ser feito colocando o peso das responsabilidades exclusivamente na população mais vulnerável e menos ainda, ser promotora de desigualdades e injustiças. Eugénio Fonseca realizou esta intervenção na Casa de Nossa Senhora do Carmo, no âmbito do Conselho Geral da Cáritas Portuguesa, que está a decorrer até domingo, 17. a iniciativa conta com a presença dos responsáveis das Cáritas Diocesanas de todo o país. aos presentes, o responsável disse que a ação social da Igreja dará um salto de gigante quando agir numa relação de proximidade e com consciência solidária dos problemas sociais atuais. Recordando as consequências do tufão Haiyan, nas Filipinas, Eugénio Fonseca disse estar surpreendido com o elevado número de cidadãos anónimos que se disponibilizaram para ajudar com os seus donativos. Tem sido para nós, Cáritas Portuguesa, uma interpelação e uma inquietação que nos leva a ponderar a abertura de uma campanha de emergência para apoiar a recuperação daquele país, revelou, adiantando que é sensibilizador a forma como um país em crise é, ainda assim, capaz de estar disponível para os outros.