é mais um alerta, agora da própria Comissão Nacional Justiça e Paz, depois de outros organismos da Igreja terem avisado para as injustiças do Orçamento do Estado. «Não há sociedade que resista à supressão dos pilares em que assenta a coesão social»
é mais um alerta, agora da própria Comissão Nacional Justiça e Paz, depois de outros organismos da Igreja terem avisado para as injustiças do Orçamento do Estado. «Não há sociedade que resista à supressão dos pilares em que assenta a coesão social»Com a proposta de Orçamento do Estado para 2014, o governo insiste numa austeridade desumana que leva cada vez mais o país para uma profunda injustiça social, nota o organismo dependente da Conferência Episcopal Portuguesa, num texto divulgado esta quarta-feira com o título as pessoas antes dos números, sempre. Os remoques são constantes ao longo do texto, notando a Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) que alguns governantes têm sublinhado a preocupação com a equidade na distribuição dos sacrifícios, para logo rebater estas afirmações com dados concretos e recentes. Os elementos disponíveis revelam que se trata de uma preocupação inconsequente. Na verdade, embora os dados disponíveis sejam escassos, sabe-se que os multimilionários portugueses são mais e estão mais ricos. De 785 em 2012, passaram para 870 em 2013, tendo a respetiva fortuna crescido, em média, 11,1 por cento no mesmo período. Perante estes dados, a conclusão para a CNJP é uma: São valores que contrastam com a situação geral da sociedade portuguesa e que revelam uma forma profunda de injustiça social, precisamente no momento em que são maiores as exigências da justiça e da equidade. a fechar o documento, este organismo aponta que não há sociedade que resista à supressão dos pilares em que assenta a coesão social: confiança na relação entre os cidadãos e o Estado, designadamente num Estado de direito; respeito pelos direitos decorrentes da dignidade humana; limites à incerteza quanto ao futuro. Tudo aspetos que o governo tem rasgado, na opinião da CNJP.