O património artístico das ordens religiosas em Fátima tem potencial para ser aproveitado como complemento aos produtos turí­sticos já existentes, considera o presidente da aCISO, Francisco Vieira
O património artístico das ordens religiosas em Fátima tem potencial para ser aproveitado como complemento aos produtos turí­sticos já existentes, considera o presidente da aCISO, Francisco Vieira a qualidade das obras artísticas e até arquitetónicas das dezenas de ordens religiosas presentes em Fátima deviam ser aproveitadas para complementar e enriquecer a visita dos peregrinos à Cova da Iria e à região Centro do país, afirmou esta sexta-feira, 8 de novembro, o presidente da associação Empresarial de Ourém (aCISO), Francisco Vieira, à margem do Seminário Internacional de Turismo Religioso. Temos vindo a perceber que em muitos destinos, as pessoas veem em peregrinação no sentido religioso, mas há outros que os acompanham com uma dimensão muito cultural. E no caso de Fátima, as ordens religiosas têm obras fantásticas de algumas das grandes referências da pintura e da escultura portuguesa que passam despercebidas à maioria das pessoas e que podem complementar e enriquecer a visita, para que os peregrinos regressem a casa com mais histórias para contar, acrescentou o responsável. Francisco Vieira reconhece que esta medida pode levantar questões de privacidade para as congregações. Mas exemplifica com os vários destinos de peregrinação a nível mundial, em que há espaços religiosos visitáveis controlados, onde se paga para entrar, e esse pequeno pagamento garante a segurança, a limpeza e a manutenção. Nós somos um pais pobre, mas sobretudo porque não cobramos devidamente aquilo que deviamos a quem nos visita, oferecemos tudo, frisa o representante da classe empresarial. Na sessão de abertura do encontro, que decorre no Centro Pastoral Paulo VI e conta com a participação de 50 representantes turísticos estrangeiros e 60 empresas de turismo portuguesas, o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, congratulou-se pelo facto do turismo religioso estar a deixar de ser o parente pobre do setor e começar a ocupar o seu merecido lugar.