Bispo fala do elevado número de migrantes e das condições em que se encontram. E defende o respeito pela pessoa humana.
Bispo fala do elevado número de migrantes e das condições em que se encontram. E defende o respeito pela pessoa humana. Estreitar os laços de amizade e de colaboração entre a Igreja no Brasil e a Igreja em Portugal foi um dos grandes objectivos da visita do bispo Laurindo Guizzardi, coordenador da Pastoral para os brasileiros no exterior e presidente da Peregrinação Internacional do Migrante e Refugiado que hoje terminou em Fátima.
Preocupado com o fluxo migratório do Brasil, de pais de migração para país de emigração, Laurindo Guizzardi fala em três milhões de emigrantes, 85 mil legalizados. Isto sem contar com trinta a quarenta mil os ilegais que se encontram em Portugal.
Na sua homilia, o coordenador da Pastoral para os brasileiros no exterior assinalou que o migrante não é um problema: é uma pessoa humana, uma pessoa que deve ser respeitada por ser pessoa e por se encontrar em situação de necessidade. No entanto – frisa o bispo – existem muitos dramas nos caminhos do êxodo. Ou seja, para não poucos infelizes, as fronteiras continuam a tornar-se cemitérios, assinala referindo-se as condições dos migrantes, condições estas em que vivem nos países de acolhimento e nos grandes esforços que fazem para sair do seu país e chegar a outro, alguns morrendo no caminho.
Foto: Bispos de leria-Fátima, Serafim Ferreira e Silva, e de Foz do Iguaçu, Brasil, Laurindo Guizzardi, em procissão para a Capelinha das aparições.

Os números
Hoje são 175 milhões, os migrantes. Em 2050 serão 230 milhões os migrantes. Se a este número juntarmos as pessoas que se encontram fora do país por motivos económicos, os que se deslocam por motivos turísticos, teremos a espantosa cifra de um bilião de pessoas, afirmou o bispo de Iguaçu e presidente da Peregrinação Internacional do Migrante e do refugiado, Laurindo Guizzardi.
Este responsável referiu ainda os mais de 65 milhões de pessoas que vivem longe da sua terra, na condição de refugiados ou deslocados pela violência.
35 milhões encontram-se nos Estados Unidos, 13 milhões e 300 mil na Federação Russa, 7 milhões e 300 mil são acolhidos na alemanha além dos que se encontram na França, arábia, Canadá e austrália.