O mercado negro do tráfico de órgãos continua a proliferar no Bangladesh. Os intermediários falsificam passaportes para tornarem legal a doação e os hospitais particulares asseguram as cirurgias
O mercado negro do tráfico de órgãos continua a proliferar no Bangladesh. Os intermediários falsificam passaportes para tornarem legal a doação e os hospitais particulares asseguram as cirurgias apesar da lei que proíbe o tráfico e a publicidade do comércio, o mercado negro da compra e venda de órgãos continua a crescer de forma preocupante no Bangladesh. Segundo a legislação, os transplantes são legais apenas entre cônjuges e familiares diretos, mas os intermediários conseguem falsificar os passaportes e certificar que os dadores e os beneficiários dos órgãos são parentes. Os transplantes servem, por norma, para pagar dívidas. a aldeia de Kalai, no distrito de Jotpurhat, é apenas uma das localidades rurais onde muitos de seus moradores foram obrigados a recorrer à venda de órgãos para pagar empréstimos de microcrédito. Na esperança de aliviarem o estado de pobreza, os populares endividaram-se com o pedido de financiamentos, o que contribuiu para agravar ainda mais a sua situação. Sem possibilidades de pagarem aos credores, aceitaram vender órgãos para realizar algum capital. Os rins e o fígado são as partes do corpo mais usadas neste tipo de comércio, que conta com a conivência de alguns médicos e hospitais particulares, revela a agência Fides.