Os confrontos na República Democrática do Congo levaram à fuga das pessoas. Os Médicos Sem Fronteiras pedem que «todas as partes envolvidas no conflito que respeitem a população civil e a integridade das instalações médicas»
Os confrontos na República Democrática do Congo levaram à fuga das pessoas. Os Médicos Sem Fronteiras pedem que «todas as partes envolvidas no conflito que respeitem a população civil e a integridade das instalações médicas»Com a intensificação dos confrontos em Irumu do Sul, na República Democrática do Congo, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) pede que todas as partes envolvidas no conflito respeitem a população civil e a integridade das instalações médicas, uma vez que a maioria dos estabelecimentos médicos da região foram saqueados e destruídos nas últimas semanas.

Em comunicado, a organização médica afirma que o nível de ajuda humanitária é insuficiente para responder às necessidades mais urgentes das pessoas deslocadas e pede que recursos adicionais sejam disponibilizados para dar resposta aos problemas no local.

Desde 23 de agosto, as forças do governo (FaRDC) e a Frente pela Resistência Patriótica da milícia Ituri (FRPI) têm disputado o controlo do território, uma situação que forçou mais de 100 mil pessoas a deixarem as suas casas e a viveram com medo de tiroteios e de roubos sistemáticos. a população foi simplesmente abandonada, disse Fred Meylan, coordenador de emergência dos MSF em Geti, em declarações aos serviços de comunicação da organização, acrescentando que a situação é inaceitável.

até o momento, fomos capazes de manter os serviços de emergência e tratar os feridos, mas as partes envolvidas no conflito precisam respeitar a integridade das instalações de cuidados de saúde, sublinhou. além da assistência médica, os MSF estão a distribuir mais de 100 mil litros de água por dia às populações deslocadas que estão a viver em abrigos improvisados sem água potável. a organização também construiu mais de 350 latrinas para prevenir o risco de epidemias associadas às más condições sanitárias.