O principal partido da oposição renunciou ao acordo de paz, depois da base onde vivia o seu líder ter sido atacada pelo exército. Em resposta ao ataque, os membros da Renamo tentaram assaltar um posto policial, em Maringue
O principal partido da oposição renunciou ao acordo de paz, depois da base onde vivia o seu líder ter sido atacada pelo exército. Em resposta ao ataque, os membros da Renamo tentaram assaltar um posto policial, em Maringue a menos de um mês das eleições autárquicas, voltaram os confrontos entre as Forças armadas de Defesa de Moçambique (FaDM) e os grupos militarizados da Renamo, o principal partido da oposição. Na madrugada desta terça-feira, 22 de outubro, os soldados do movimento liderado por afonso Dhlakama atacaram um posto policial em Maringue, em resposta à intervenção do exército, que ocupou a residência do presidente da Renamo, na serra da Gorongosa. as tropas governamentais lançaram uma ofensiva na segunda-feira, 21 de outubro, e tomaram conta de uma das principais bases da Renamo, nas matas de Satungira, na serra da Gorongosa. O líder do partido, afonso Dhlakama, que se encontrava baseado no local desde o ano passado, foi obrigado a fugir. após o ataque, Fernando Mazanga, porta-voz do movimento de oposição, disse que a intervenção militar marca o fim da democracia do país e põe fim ao acordo de paz, assinado em Roma. Este ato belicista do Governo veio mostrar quem de facto não quer a paz, não quer democracia, pretende processos eleitorais não transparentes, de modo a perpetuar-se infinitamente no poder. O presidente da Renamo está, neste momento, a perder o controlo da situação, não se sabendo qual será a situação nas próximas horas, afirmou o responsável, citado pela imprensa internacional. Já Cristóvão Chume, diretor nacional da Política de Defesa, justificou o ataque ao bastião de Dhlakama com a necessidade e responder às ofensivas lançadas pelos guerrilheiros da Renamo contra as forças de defesa e segurança. a título de exemplo, Chume enumerou um ataque a uma esquadra policial em Muxúngué, a um paiol de Savane e a várias colunas militares. Entretanto, o Presidente moçambicano, armando Guebuza, apelou a todos os eleitores para afluírem massivamente à votação de 20 de novembro.