«O Filho do Homem, quando voltar, encontrará fé sobre a terra?»,
pergunta-nos o evangelho deste Domingo. «Sem fé, é impossível agradar a Deus. E quem dele se quer aproximar, tem de acreditar nele» (Hebreus 11,6).

«O Filho do Homem, quando voltar, encontrará fé sobre a terra?»,
pergunta-nos o evangelho deste Domingo. «Sem fé, é impossível agradar a Deus. E quem dele se quer aproximar, tem de acreditar nele» (Hebreus 11,6).

Quando um cristão reza, tem de sempre colocar-se dentro duma economia clara, dentro duma história verdadeira: e essa economia, essa história, é a pessoa de Cristo e os seus ensinamentos e ações. Sem Cristo, sem colocar Cristo no centro do seu ser e agir, o cristão é um candidato ao falhanço espiritual. a razão é simples e lógica: Cristo é a Palavra, a revelação, a explicação plena de Deus. Sem compreender um problema, e sem o viver interiormente, é difícil resolvê-lo. Sem Cristo, o cristão é um desajeitado na compreensão de Deus e na compreensão da sua própria vida.

Condição incontestável do nosso relacionamento com Deus é a oração. Crer sem praticar é como amar sem mostrar o amor: como sem obras a fé está morta (cf Tiago 2,17), assim o amor sem as obras que o mostram não é amor. Dizer o nosso amor, já começa a explicar o nosso amor. a oração é como o tubo que liga a fonte de água à torneira da nossa casa. No evangelho de hoje, por meio duma parábola, Jesus Cristo ensina-nos a rezar com fé e perseverança. Jesus comenta a sua parábola dizendo: E Deus, não fará justiça aos seus eleitos? (Lucas 18,7). a quem reza, Deus faz justiça. Mas, que quer dizer Deus faz justiça? Diz-nos a Palavra de Deus: Deus é amor e foi Deus que nos amou primeiro, e enviou o seu Filho como vítima pelos nossos pecados (1 João 4, 8-10). Quer dizer que Deus nos manifesta a sua justiça manifestando-nos o seu amor, e manifesta-nos sumamente o seu amor enviando-nos o seu Filho como vítima pelos nossos pecados. Deus mostra-nos a sua justiça infinita mostrando-nos no seu Filho a sua justiça e o seu amor infinitos. Quando rezamos a Deus com fé e confiança, recordamos a aliança de amor que Deus fez connosco ao dar-nos o seu Filho Jesus como expiação dos nossos pecados, como nossa salvação. E o cristão, abrindo as asas do seu coração a um nível universal, quando reza, deve colocar na sua oração a humanidade inteira. É uma verdade que devemos concretizar especialmente neste Domingo Mundial das Missões: O mundo inteiro é nosso, é a nossa família, é o objeto do nosso amor cristão. Que Maria, Mãe da Igreja, nos ensine a rezar como o Senhor Jesus seu Filho nos ensinou.