a «diminuição do clero» na Europa é uma ocasião para «dar o lugar aos leigos» na «família e na sociedade», defende antónio Vitalino, bispo de Beja, que lamenta a paralisação de «muitas» paróquias quando o padre não está presente»
a «diminuição do clero» na Europa é uma ocasião para «dar o lugar aos leigos» na «família e na sociedade», defende antónio Vitalino, bispo de Beja, que lamenta a paralisação de «muitas» paróquias quando o padre não está presente»

Com a diminuição do clero na Europa temos de aprender a dar o lugar aos leigos, afirma antónio Vitalino, bispo de Beja, na sua última nota pastoral. Para o prelado, esse espaço deve ser dado não apenas dentro dos muros das igrejas, mas também na família e na sociedade, para que estes possam ser fermento dos valores evangélicos e testemunhas da fé junto das novas gerações.

Por isso, antónio Vitalino considera que a catequese familiar, que começa a ser posta em prática em muitas dioceses, é também muito atual para a diocese de Beja. No mesmo documento, o prelado lamenta a paralisação de muitas paróquias, movimentos e serviços portugueses quando o padre não está presente.

Sentir-se corresponsável na vida e missão da Igreja é um objetivo ainda distante na maioria das nossas comunidades. Muitos exigem supostos direitos da Igreja, mas têm dificuldade em assumir os deveres do serviço voluntário, para ajudar os mais débeis da sociedade e fortalecer a formação, a comunhão e oração comunitárias, sublinha.

Segundo este responsável, o prelado e o clero são os primeiros responsáveis por melhorar a situação eclesial, mas adianta que todos têm de reaprender a trabalhar uns com os outros, respeitando e fomentando os dons de cada membro da comunidade.

É melhor caminhar mais lentamente, mas uns com os outros, sem excluir ninguém, do que fazer tudo sozinho, destaca antónio Vitalino, acrescentando que envolver toda a gente na corresponsabilidade pelo bem comum da vida eclesial e social é uma mais-valia, que a longo prazo traz grandes benefícios.