a Coreia do Sul é tristemente famosa pela alta taxa de suicí­dios. De facto, é o país com o número de suicí­dios mais elevado entre as chamadas nações industrializadas
a Coreia do Sul é tristemente famosa pela alta taxa de suicí­dios. De facto, é o país com o número de suicí­dios mais elevado entre as chamadas nações industrializadasO ano passado foram 14 mil as pessoas que puseram fim à vida de forma voluntária. as camadas mais jovens não escapam a este fenómeno, se bem que nos últimos anos estejamos assistindo a um declínio em relação a esta faixa etária. Em média, todos os anos cerca de 100 adolescentes e jovens decidem pôr termo à vida. Em 2012, 139 alunos do ensino primário e secundário cometeram suicídio, sendo os do secundário o número mais elevado: 88. Porém, desde 2009 tem-se registado um decréscimo nos valores do suicídio entre as camadas mais jovens: 150 em 2011, enquanto em 2009 tinham sido 202. De qualquer forma, este número é ainda superior aos valores registados noutros países industrializados. a principal causa por detrás da maior parte destes suicídios (40 por cento) tem a ver com problemas familiares, seguida por depressão (16,5 por cento) e pressão relativa aos estudos (11,5 por cento). Há ainda uma quarta causa que está relacionada com problemas de relação interpessoal. Uma das características da cultura coreana é a segregação das pessoas em grupos fortemente identificados com um certo elemento comum; a pressão sobre os membros é muito forte e nem sempre todos conseguem acompanhar o ritmo e as exigências do grupo. Nestes casos, a discriminação induz a pessoa a um estado psicológico caracterizado por depressão e isolamento e, como tal, diante do grupo em particular ou da sociedade em geral, uma das soluções para o problema é precisamente o suicídio. Os alunos das classes económicas mais baixas e de famílias carenciadas ou disfuncionais têm uma maior tendência para níveis baixos de autoestima. É neste contexto que as escolas têm um papel importante a desempenhar, se bem que isto seja mais fácil dito que feito, pois é precisamente nas escolas que muitos alunos são discriminados e pressionados. Porém, a diminuição do número de suicídios entre os estudantes mais jovens é um sinal de encorajamento para todos. Toca a todos – governo, pais e professores – assumir uma responsabilidade mais ativa no combate a este fenómeno social que não para de aumentar.