Bispo da Guarda considera que os bancos e os que têm dinheiro é que devem suportar a crise e sugeriu a aplicação de taxas aos automóveis topo de gama e às casas de luxo
Bispo da Guarda considera que os bancos e os que têm dinheiro é que devem suportar a crise e sugeriu a aplicação de taxas aos automóveis topo de gama e às casas de luxo Os que têm [dinheiro] é que têm que pagar a crise. Os bancos têm que pagar a crise. O balúrdio que se entregou para sustentar bancos que já deviam estar enterrados há muito tempo. Eu já disse que lhes fazia o funeral de graça. Estamos agora a sofrer os efeitos, afirmou esta sexta-feira, 11 de outubro, o bispo da Guarda. Em declarações à agência Lusa, Manuel Felício sugeriu que em vez dos cortes nos rendimentos dos trabalhadores e nas pensões de sobrevivência, deviam ser aplicadas taxas aos automóveis topo de gama e às casas de luxo. Em vez de cortarem estes, que ganham menos de 600 euros, porque não põem uma taxa aos automóveis topo de gama que andam por aí a rodar e às casas que custam mais de um milhão de euros?, referiu o prelado, à margem das Jornadas Saber Envelhecer, que decorrem na Casa de Saúde Bento Menni. Segundo o bispo da Guarda, se os cortes nas pensões forem efetuados, haverá consequências para as pessoas idosas que não têm o essencial e para os deficientes que não têm possibilidade de continuar a viver com a sua condição de vida. Por outro lado, alertou Manuel Felício, muitas instituições de apoio aos idosos podem deixar de funcionar, o que é um prejuízo para a economia social. O prelado lamentou ainda que as pessoas estejam a ser tratadas como números, sobretudo como números de contribuinte. as pessoas não são números. as pessoas são valores, são bens essenciais na nossa praça e na nossa sociedade. Se as tratamos como números e, predominantemente, como números de contribuinte, está tudo estragado, disse Manuel Felício.