Dois terços dos trabalhadores a nível mundial não tem um emprego decente, com respeito pelos direitos e pela proteção social, denunciou o diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Espanha
Dois terços dos trabalhadores a nível mundial não tem um emprego decente, com respeito pelos direitos e pela proteção social, denunciou o diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Espanha Dos três mil milhões de trabalhadores em todo o mundo, apenas um terço tem assegurado os direitos laborais e sociais. Os restantes dois mil milhões não contam com um emprego decente, segundo o diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Espanha, Joaquín Nieto. Em declarações à TVE, o responsável apelou aos governos que ponham as pessoas no centro da economia e não o benefício de uns poucos. De acordo com Joaquín Nieto, 40 a 50 milhões de jovens procuram emprego todos os anos, pelo que, só para manter a taxa de desemprego juvenil atual (74 milhões de desempregados em todo o mundo), seria preciso criar 250 milhões de novos postos de trabalho em cinco anos. O dirigente alertou ainda para a impossibilidade de se resolverem os desiquilíbrios fiscais se o desemprego continuar a aumentar. Se continuam as políticas atuais, não vai haver criação de emprego com consistência, sublinhou, instando os governos a reorientarem as suas políticas económicas para estimularem o mercado de trabalho. Para Joaquín Nieto, a Europa não pode sair da crise país por país, mas unida, e para o conseguir, terá que apostar primeiro em políticas geradoras de emprego. Depois, deve avançar com a reforma financeira pendente, para aumentar o fluxo de crédito, e promover o diálogo social. Não se pode sair de uma crise sem dialogar com a sociedade, porque a sociedade tem ideias, destacou o especialista da OIT.