Muito preocupado com o agravamento da «tragédia humanitária» na Síria, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu ao governo de Damasco que permita as entregas de ajuda transfronteiriças imediatas e apelou a uma pausa humanitária nos combates
Muito preocupado com o agravamento da «tragédia humanitária» na Síria, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu ao governo de Damasco que permita as entregas de ajuda transfronteiriças imediatas e apelou a uma pausa humanitária nos combates O apelo foi feito pelos membros do Conselho de Segurança da ONU a todas as partes em conflito, para que cheguem a um acordo para a entrega imediata de ajuda transfronteiriça e para que se respeite uma pausa humanitária nos combates, sobretudo em rotas-chave para comboios com essa ajuda. a magnitude da tragédia humanitária causada pelo conflito na Síria exige uma ação imediata para facilitar a entrega segura e sem obstáculos da ajuda humanitária em todo o país, insistiu o organismo de 15 membros, numa declaração da presidência, que também lamentou a escalada de violência que já matou mais de 100 mil pessoas e deslocou outros 6,5 milhões de pessoas. Há uma grande preocupação pelo facto de vários milhões de sírios necessitarem de assistência humanitária imediata, urgente, e sem o aumento dessa ação humanitária, as suas vidas estarão em risco, na leitura do Conselho de Segurança. Gravemente alarmado, o organismo das Nações Unidas exortou Damasco a tomar medidas imediatas para facilitar a expansão das operações de ajuda humanitária e a não colocar entraves burocráticos ou outros obstáculos. afinal, sublinhou a declaração, existe uma profunda preocupação com as consequências da crise de refugiados causada pelo conflito que tem um impacto desestabilizador sobre toda a região. O Conselho de Segurança condenou as violações generalizadas dos direitos humanos e do direito internacional humanitário por parte das autoridades sírias, mas também dos grupos rebeldes armados, apelando a todas as partes para que cessem imediatamente essas violações num país dilacerado por uma violência cada vez mais brutal, desde que manifestantes da oposição procuraram a deposição do Presidente Bashar al-assad, em março de 2011.