Em Portugal, os protestos perante a crise «têm sido em geral comedidos e as manifestações decorrido de forma ordeira», apesar dessa mesma crise exercer de uma «violência sobre os seus cidadãos». Importa prevenir outros comportamentos mais violentos
Em Portugal, os protestos perante a crise «têm sido em geral comedidos e as manifestações decorrido de forma ordeira», apesar dessa mesma crise exercer de uma «violência sobre os seus cidadãos». Importa prevenir outros comportamentos mais violentosO Observatório Permanente Sobre a Produção, Comércio e Proliferação de armas Ligeiras da Conferência Episcopal Portuguesa vai promover um debate sobre a violência da crise e a proliferação das armas. afinal, constata o Observatório, na convocatória desta conferência, a crise financeira, económica e social em que Portugal se encontra mergulhado exerce violência sobre os seus cidadãos, violência que pode ser verificada segundo óticas diferentes: a das famílias e a do mundo do trabalho, quer nas empresas, quer nas administrações públicas.

Este ponto de partida é sublinhado por vários alertas, porque algo pode explodir. Se é certo que os protestos têm sido em geral comedidos e as manifestações decorrido de forma ordeira, há que admitir que essa ordem poderá ser ultrapassada com o prolongamento da crise e das duras condições que pesam sobre as pessoas, até ao ponto de se assistir a violência na rua e a comportamentos de grande agressividade, referem os membros deste organismo nascido na Comissão Nacional Justiça e Paz.

Prevenir é a melhor arma, neste caso, pelo que o Observatório se propõe refletir sobre a violência da crise e as formas como se exerce sobre os cidadãos para encontrar caminhos próprios para as debelar. Pelo caminho, a preocupação é a de perceber o que poderá desencadear respostas violentas que levem ao recurso às armas que proliferam na sociedade portuguesa, de que modo esta se foi armando, de forma legal e ilegal, e como esta potencialidade de violência se poderá reduzir a dimensões minimamente controláveis.

a conferência terá lugar no próximo dia 12 de outubrode 2013, das 9h30 às 18h00, no Fórum Picoas, em Lisboa, com entrada livre. Para o debate, o Observatório chamou especialistas como Isabel Guerra, Helena Cordeiro, Karin Wall, Manuel Carvalho da Silva, Jorge Wemans, Helena Garrido, Cristina Soeiro, Paulo Jorge Pereira e José Manuel Pureza.