a obra «Quando a Igreja Desceu à Terra» está prestes a ser apresentada em Lisboa e em Fátima. O livro é uma entrevista do jornalista antónio Marujo aos sacerdotes antónio Rego e Ramón Cazallas, que «viveram o Concílio Vaticano II cheios de entusiasmo»
a obra «Quando a Igreja Desceu à Terra» está prestes a ser apresentada em Lisboa e em Fátima. O livro é uma entrevista do jornalista antónio Marujo aos sacerdotes antónio Rego e Ramón Cazallas, que «viveram o Concílio Vaticano II cheios de entusiasmo»O livro Quando a Igreja Desceu à Terra – Testemunhos de memória e futuro nos 50 anos do Concílio Vaticano II vai ser apresentado em Lisboa, na Livraria Ferin, na próxima terça-feira, 1 de outubro, às 18h30, e em Fátima, no anfiteatro do Centro Missionário allamano, no dia seguinte, às 21h00.

a obra resulta de uma entrevista do jornalista antónio Marujo aos sacerdotes antónio Rego e Ramón Cazallas. ao longo do livro, os leitores vão poder encontrar uma conversa entre duas pessoas que viveram o Concílio Vaticano II cheios de entusiasmo e esperança na transformação da Igreja, explicou o autor à Fátima Missionária.

através desta obra, antónio Marujo gostaria de levar as pessoas a descobrir ou a redescobrir os textos do Concílio Vaticano II, como património único de um processo de reflexão sobre a missão da Igreja para este tempo e também de levar as pessoas a pensar como é que se pode continuar a ter uma atitude conciliar nos dias que correm. Ou seja, como é que, aqui e agora, a Igreja se deve continuar a renovar, para ser cada mais fiel ao evangelho e à humanidade, explicou.

O jornalista especializado em assuntos religiosos considera que a nova publicação é dirigida, em primeiro lugar, às pessoas que têm alguma forma de compromisso na Igreja, como catequistas, membros de movimentos ou estruturas eclesiais, e também a todos os que queiram repensar o seu empenhamento na Igreja ou na sociedade.

Segundo antónio Marujo, os dois sacerdotes entrevistados são diferentes, o que transparece em partes da entrevista. O padre antónio Rego é alguém que soube concretizar vários aspetos da aplicação do Concílio no difícil campo mediático e na relação da Igreja com a sociedade. Por sua vez, o padre Ramón Cazallas é um testemunho entusiasmado de como o Concílio teve consequências numa realidade como a latino-americana. E do modo como o impulso de renovação que o Concílio deu à Igreja deve continuar presente atualmente, destacou o jornalista.

Numa altura em que o ano da Fé, estabelecido para assinalar o quinquagésimo aniversário do Concílio Vaticano II, está prestes a chegar o fim, antónio Marujo considera que a iniciativa não cumpriu os efeitos desejados. Infelizmente, não me parece que a intenção tenha resultado – pelo menos em Portugal. a ideia de um ano da Fé era demasiado vaga e apenas foi pretexto para umas quantas conferências, debates e pouco mais, referiu.

Para o profissional da comunicação social faz falta ao catolicismo contemporâneo uma estratégia conciliar, que passe pela leitura da realidade, pela captação dos sinais da presença de Deus nessa realidade e por um maior compromisso no sentido da evangelização. ao contrário do ano da Fé, a experiência da fé que, por exemplo, o Papa Francisco tem trazido para a praça pública, pode ser algo mais eficaz na forma de falar às pessoas, exemplificou.

Na capital portuguesa, a apresentação da obra Quando a Igreja Desceu à Terra será acompanhada de uma conferência dedicada ao tema: O catolicismo do Concílio Vaticano II ainda tem futuro? a palestra é conduzida por Dimas almeida, professor de Ciências da Religião e pastor da Igreja Presbiteriana, Paula Pinheiro, jornalista, e Joana Rigato, professora de Filosofia e doutoranda em Filosofia da Ciência.

Durante o lançamento do livro na Cova da Iria, também se irá realizar um debate em torno da mesma temática, que vai contar com as intervenções de Carlos Camponez, professor de jornalismo na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Maria da Conceição Moita, professora da Escola Superior de Educação de Lisboa e também de Joana Rigato. a obra é uma edição conjunta da Lucerna e Consolata Editora.