O trabalho infantil perigoso reduziu para metade nos últimos 12 anos, mas ainda existem 85 milhões de crianças vítimas deste flagelo. O diretor da Organização Internacional do Trabalho pede a intensificação dos esforços para combater o problema
O trabalho infantil perigoso reduziu para metade nos últimos 12 anos, mas ainda existem 85 milhões de crianças vítimas deste flagelo. O diretor da Organização Internacional do Trabalho pede a intensificação dos esforços para combater o problema O trabalho infantil perigoso reduziu para metade entre 2000 e 2012, passando de 171 para 85 milhões, revela a Organização Internacional do Trabalho (OIT), salientando que os processos estão a desenvolver-se de forma demasiado lenta, tendo em conta a meta acordada com a comunidade internacional (2016) para eliminar as piores formas de trabalho envolvendo menores. De acordo com os resultados do relatório de análise aos progressos alcançados na luta contra o trabalho infantil, 168 milhões de crianças trabalharam em 2012, ou seja, perto de 11 por cento da população infantil a nível mundial.comparando estes dados com os do ano 2000, verifica-se que houve uma redução de 78 milhões, devido às medidas aplicadas sobretudo entre 2008 e 2012. Para Guy Ryder, diretor-geral da OIT, a informação contida no documento demonstra que se está a ir pela direção correta, embora os processos continuem ainda muito lentos. Se queremos acabar realmente com o flagelo do trabalho infantil num futuro próximo, é necessário intensificar os esforços a todos os níveis. Existem 168 milhões de boas razões para fazê-lo, sublinhou o responsável. a região da Ásia e Pacífico é a que tem maior número de crianças trabalhadoras (78 milhões) e a África subsariana continua a ser a região com a incidência mais alta de trabalho infantil em termos de percentagem da população (21 por cento). O relatório explica ainda que o setor da agricultura é o que tem mais trabalhadores menores (98 milhões), seguido do setor dos serviços (54 milhões) e da indústria com 12 milhões.