Documentos consultados pela Unidade de Justiça e Paz revelam as diretrizes da guerrilha para o recrutamento dos menores. O fator económico era um dos mais usados para convencer as crianças a juntarem-se ao movimento
Documentos consultados pela Unidade de Justiça e Paz revelam as diretrizes da guerrilha para o recrutamento dos menores. O fator económico era um dos mais usados para convencer as crianças a juntarem-se ao movimento a Procuradoria da Colômbia detetou o recrutamento de cerca de 3. 000 menores pelas Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC), em 31 dos 32 departamentos do país. a informação, recolhida pela Unidade de Justiça e Paz e divulgada pela imprensa colombiana, baseou-se em diários secretos, manuais de treino, protocolos e outros documentos dos guerilheiros, onde aparecem detalhadas as diretrizes para o recrutamento das crianças. Na documentação, apreendida durante as operações militares, foi encontrado um guia de trabalho para os clubes infantis bolivarianos, em que se refere como objetivo principal a educação das crianças para as converter em revolucionárias. Num outro documento, as FaRC defendem que os jovens de 10 anos em diante podem fazer tarefas próprias da sua idade, como a organização da juventude revolucionária, e que um menino educado na escola das lutas armadas revolucionárias é seguramente um bom guerrilheiro. Dos casos plenamente documentados e que se atribuem à organização que negoceia um acordo de paz com o governo colombiano, em Havana, Cuba, a maioria dos menores recrutados é do sexo masculino. Cerca de metade ingressaram na guerrilha aparentemente de forma voluntária, 25 por cento foram forçados, 10 por cento terão ido para a selva por engano e dos restantes 14 por cento não há registos. O factor económico era um dos mais usados pelas FaRC para convencer as crianças a integrarem o grupo.